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Do arquivo mensal:
Novembro 2009
Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República parece decidido a moralizar as imoralidades que, muitas vezes, são levadas a cabo pelos nossos representantes.
A primeira medida foi acabar com o desdobramento das viagens.
Agora, pretende que deixe de ser possível justificar uma falta de um deputado apenas com a indicação de “trabalho político”. Actualmente, mesmo que o deputado esteja numa praia a beber uns canecos, se justificar com “trabalho político” a falta fica justificada.
Jaime Gama pretende agora que esse “trabalho político” seja detalhado.
A deputado do PSD Clara Carneiro já foi dizendo que os deputados podem não querer que se saiba em que “trabalhos políticos” andam metidos
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Acho natural que haja quem não gosta de Sócrates, não gosta da sua política, não gosta da pessoa, até quem tenha dúvidas acerca do seu carácter. Acho natural e legítimo que haja quem se empenhe em remover o actual Primerio Ministro do seu cargo quanto antes.
O que me indigna profundamente é que em Portugal haja tanta gente, mesmo pessoas com grandes responsabilidades políticas e cívicas que não olham aos meios como fazem.[...]
Do ponto de vista jurídico, está assente que não existe matéria criminal nas escutas ao Primeiro Ministro. Sabemos, através de meios ilícitos, que nem todos os agentes jurídicos neste caso concordaram, mas isto não altera o resultado jurídico deste processo. Sobre a actuação destes agentes, há uma certeza que é a fuga da informação, em violação do segredo de justiça. Essa exige uma investigação e resposta criminal.
De resto há opiniões.[...]
Quanto ao Primeiro Ministro, sei – não devia saber, mas sei – que há dois magistrados que o acham suspeito de um crime grave. Sendo contrariada por outra instância competente, é uma opinião sem valor jurídico, passa assim a uma opinião privada, embora de pessoas com formação jurídica e acesso a informação de que eu não disponho: as escutas.
[...]
O que não é ímoral mas ao contrário a coisa mais correcta de fazer é tomar este boato como ponto de partida para investigar o assunto. Esta investigação pode e deve ser levado a cabo pela comunicação social, pela oposição, por qualquer cidadão interessado. Ela não está restringida, como a da justiça, à questão do foro criminal.
Far-se-á não com base dos elementos de que não dispomos e não temos direito de dispôr, mas outros.
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Ao ler isto hoje:
Cavaco Silva promove Fernando LimaAfastado do cargo de assessor de imprensa depois do caso das alegadas escutas a Belém, Fernando Lima viu agora confirmada a sua continuidade na Presidência da República e com um cargo ainda mais próximo de Cavaco Silva – o de assessor do chefe da Casa Civil.
lembrei-me de que transcrevi isto há precisamente 1 ano
Como se esperava, Cavaco Silva não tem nada a dizer sobre o que se está a passar em relação ao BPN, incluindo as histórias com membros do Conselho de Estado por si nomeados. Não quer falar, mas falou. Apenas para se defender. Como fez com os Açores, para garantir os seus pequenos poderes, e não fez na Madeira, onde a democracia foi posta em causa. Para Cavaco, Portugal começa e acaba em Cavaco. E a função do Presidente é defender o seu nome (mesmo quando ele não esteve em causa) e os seus poderes. Já o bom nome da democracia, que a presença de Dias Loureiro no Conselho de Estado põe em causa, não lhe interessa grande coisa.
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Lembro o 5 de Novembro de 2009. Nesse dia, um pombal, perdão um jornal – isto de debicadores de milho desnorteia-me -, um jornal que não nomeio porque todos mergulharam como pombos para painço no empedrado do Rossio, escreveu em título: “Escutas: conversa gravada pela Polícia Judiciária de Aveiro, Vara ouvido em almoço com Godinho.” Foi a 5 de Novembro de 2009. Hoje, sabe-se que no processo não consta gravação nenhuma – DN
Armando Vara e Manuel Godinho encontraram-se em Vinhais em Fevereiro deste ano, mas nunca marcaram qualquer encontro por telemóvel. – CM
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Este fim de semana calhou-me ter de levar o filhote mais velho a um aniversário, num daqueles parques de insufláveis e divertimentos afins. Azar dos azares era o único pai, os resto eram tudo mães.
Estive para lá ficar à espera, pois uma hora e meia passa num instante com um bom jornal e um bom telemóvel. Mas desisti rapidamente depois de ouvir quase 20 minutos de conversa, tipo concurso, sobre as crianças. Conversa que, claramente, era para durar…
Juntas, pelo menos nestes eventos, parece que mais nada existe. Uma mãe diz que o filho isto e aquilo, outra contrapõe que o dela já fez aquilo e isto, outra que não quer ficar atrás diz que o mais novo não sei o quê comparado com o mais velho… etc, etc, etc… 20 minutos de conversa que não consigo perceber como pode ter interesse. É óbvio que todos temos orgulho nos nossos filhos, mas o concurso que lá decorreu na tentativa de passar a mensagem que “o meu filho é melhor que o teu, ou mais avançado, ou mais dificil, ou mais qualquer coisa…” enche a paciência a qualquer um. Senti, já quando estava quase a decidir vir embora, que olharam para mim à espera do meu contributo… saí-me com o que me parece básico: “O meu filho é como qualquer criança”. Senti frustação nas mães em volta… como raio se diz que se é melhor do que isso? Despedi-me e fui ler o jornal para outra freguesia.
Outra questão que me ocorreu foi quando uma das mães (com a concordância das restantes) começou a dizer que a melhor táctica para levar o filho a fazer qualquer coisa é negociar. Por exemplo, se não fizeres isto, tiro-te a Playstation durante uma semana; se não fizeres aquilo ficas sem canal Panda durante duas semanas; se não fores não sei aonde ficas sem o computador durante uma semana; se não comes não vais à piscina durante x tempo, etc, etc,etc.
Tudo isto levantou-me 2 questões:
1ª – Como negociarão os mais pobres, aqueles que não têm PC, Playsation, Piscinas e afins?
2º – Desde quando é que ficou aceitável uma criança deixar de fazer o que quer que seja, não bastando o argumento de que eu sou o pai/mãe e, portanto, tem de fazer. PONTO. Explicando o porquê, obviamente, mas tem de fazer.
Já andamos assim tão fracos pais??
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Cruzei-me com uma frase de um jornalista americano, que me parece muito apropriada ao momento (é só substituir o Americans por Portuguese)
Americans detest all lies except lies spoken in public or printed lies.
- Edgar Watson Howe
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Temos mais um bloguista arouquense. Estou certo que pela sua experiência, profundo conhecimento de Arouca e pelo sue espirito critico construtivo, terá um blog a seguir com atenção: www.vouestaraqui.aroucaonline.com do Prof. Zeferino Brandão
(posted with iPhone)
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