Do arquivo mensal:

Julho 2008

…….

por Pedro Sousa em 30 de Julho de 2008

em Estado de Espírito

Se pensar é a resposta intelectual a um problema, então a ausência de problemas leva à ausência de pensamento.

Theodore Levitte

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Prioridade

por Pedro Sousa em 30 de Julho de 2008

em País

Portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza: cerca de 2.000.000.
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção: 311 mil (quase 40% são menores)
Despesas anuais com o Rendimento Social de Inserção:
371 milhões de euros.
O valor médio da prestação de RSI por beneficiário:
83 euros.

Lucro dos cinco maiores bancos portugueses em 2007: 8,7 milhões de euros por dia.
Perda anual de receita fiscal devido aos benefícios fiscais à banca:
cerca de 700 milhões euros.

Agora comparem o tempo que se dedica a um assunto e a outro.

daqui: http://arrastao.org/

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O que eu gostava de ter escrito XIX

por Pedro Sousa em 29 de Julho de 2008

em Com a devida vénia

Os portugueses têm demasiada liberdade. Não têm demasiada liberdade política (a tal de que falam o Rui Albuquerque e o Pedro Arroja), antes pelo contrário, mas têm demasiada liberdade para fazerem o que lhes dá na veneta, sem prestarem contas a ninguém.
Evidentemente que nem todos os portugueses têm ou usufruem desse excesso de liberdade, mas um número significativo e talvez maioritário de portugueses vive com mais liberdade do que os cidadãos doutros países desenvolvidos do mundo ocidental.
Em particular, gostaria de destacar o grupo dos jovens, porque são os que têm mais sangue na guelra e portanto mais energia para desfraldarem a bandeira da liberdade. Os jovens portugueses usufruem de uma liberdade sem paralelo em qualquer outro país. Até à entrada para a Universidade quase nada se lhes exige. Quando chegam à adolescência entregam-se a uma vida de ócio, entre os jantares fora, os bares e as discotecas até de madrugada. Dormem durante o dia, levantam-se para ir para a praia e quando chega a hora de jantar reiniciam o ciclo da noite.
Não lêem um livro, não abrem um jornal, não se interessam por quaisquer assuntos que exijam uns segundos de concentração mental. Fazem de facto o que lhes dá na veneta e portanto sentem-se livres.
Outros grupos sociais partilham desta liberdade pessoal. Centenas de milhares de portugueses que vivem de subsídios do Estado, centenas de milhares que se reformaram precocemente e que se dedicam “a pastar” e ainda muitos que se sentam à mesa do OE, sem nada contribuírem para a riqueza nacional. Todas estas pessoas se sentem livres.
Quem propicia esta liberdade pessoal, sem paralelo, é um grupo minoritário de portugueses que são escravos da maioria. Não tenho dados concretos para saber quantos são, mas penso que não andarei muito errado se arriscar falar de 1,5 a 2 milhões de pessoas. 15 a 20% da população.
Ora no regime político em que vivemos, esta minoria vive escravizada pela ditadura da maioria. Com o devido respeito, não concordo com a tese do Rui Albuquerque de que é necessário erguer de novo a bandeira da liberdade (os portugueses têm-na demais), nem com a tese de Pedro Arroja de que os portugueses não querem ser livres.
O caminho para um sistema politico liberal é a revolta dos escravos.

daqui: http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2008/07/rave.html

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Ora nem mais…

por Pedro Sousa em 28 de Julho de 2008

em Com a devida vénia

People everywhere confuse what they read in newspapers with news.

 A.J. Liebling

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A rota de Cister vai ter o seu primeiro traçado de visitas concluído em 2010 incluindo todos os mosteiros portugueses ligados à antiga ordem religiosa, anunciou hoje fonte da Associação Anima Património (AP), de Arouca.A AP, que lidera o projecto, iniciou em 2007 a recolha do legado patrimonial cisterciense espalhado por Portugal, num levantamento que “será a base” do primeiro traçado da rota.

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Nunca mais chegam as férias…

por Pedro Sousa em 24 de Julho de 2008

em Estado de Espírito

 

O que há em mim é sobretudo cansaço

Não disto nem daquilo,

Nem sequer de tudo ou de nada:

Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço…

( Álvaro de Campos)

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MÁRIO CRESPO NO SEU MELHOR

por Pedro Sousa em 24 de Julho de 2008

em Estado de Espírito,O mundo anda louco,País

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. “Perdi tudo!” “O que é que perdeu?” perguntou-lhe um repórter. “Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem…” Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga “quatro ou cinco euros de renda mensal” pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que “até a TV e a playstation das crianças” lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam “quatro ou cinco Euros de renda” à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a “quatro ou cinco euros mensais” lhes sejam dados em zonas “onde não haja pretos”. Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso – “ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos.” A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

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Contra o pensamento ocioso

por Pedro Sousa em 23 de Julho de 2008

em País

Interessante artigo de João Pinto e Castro.

E se, em vez de dizermos que gastamos acima das nossas posses, sublinhássemos antes que produzimos abaixo das nossas capacidades? Onde a primeira formulação cria um muro psicológico que fomenta o medo e paralisa a vontade, a segunda oferece uma orientação positiva e mobiliza o esforço colectivo.

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Escola de Arouca em estudo pioneiro apresentado em Copenhaga

por Pedro Sousa em 22 de Julho de 2008

em Arouca

Estudar os efeitos da poluição local foi o ponto de partida do projecto. Em Arouca, as atenções centraram-se na poluição que contamina a água subterrânea e dos rios com metais pesados, principalmente manganês e arsénio, provenientes das minas abandonadas de volfrâmio. [...]

“Uma sensação de satisfação por ter colaborado num projecto que considero ter muita qualidade e que foi muito mais estimulante do que qualquer outro trabalho realizado ao longo do secundário. Foi-me possibilitada a hipótese de participar num projecto de investigação ‘a sério’”, conta Beatriz Moreira, aluna da Secundária de Arouca.  [...]

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HONESTIDADE

por Pedro Sousa em 18 de Julho de 2008

em Estado de Espírito

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