A eutanásia é um tema que suscita sempre grandes discussões, aliás o habitual nos temas que têm a ver com a consciência de cada um.
Para mim a questão da eutanásia é, no fundo, uma questão de posse. Posse do direito de decidir sobre a própria vida ou sobre a vida de terceiros.
A Igreja acha que esse direito lhe pertence, disfarçando essa questão na Vontade de Deus.
Nalguns locais, como Portugal, o Estado acha que esse direito lhe pertence.
Para os familiares das pessoas em situações extremas, são eles que têm esse direito.
A minha visão é extrema: acho que cabe a cada um, com as suas faculdades mentais intactas, decidir se pretende ou não continuar a habitar este planeta. Ninguém tem o direito de o obrigar a ficar por cá. A decisão é pessoal e deveria ser inatacável.
No caso de ser uma decisão sobre terceiros, o ideal deveria ser cada um de nós ter deixado instruções sobre o que fazer caso aconteça algo do género do exemplo em Itália. Não sendo possível, deverá ser a família próxima a decidir.
O meu destino deve estar nas minhas mãos ou nas mãos de quem eu designo. Não na mão de políticos, padres ou médicos.
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