PEDIR NÃO CUSTA

por Pedro Sousa em 15 de Março de 2009

em Arouca

No Jornal Discurso Directo desta 6ª feira, um dos cronistas, Pedro Teixeira, lista um conjunto de propostas do PSD. Numa primeira leitura, dá para perceber que todas custam dinheiro, mas em lado nenhum diz onde ir buscá-lo.

Se o PSD pensa assim, porque não ir ainda mais longe?

{ 15 comentários… lê abaixo ouadiciona }

1 RJTS 16 de Março de 2009 às 8:19

Se calhar onde o PS deveria ter ido buscar, mas as propostas foram recusadas…

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2 Pedro Sousa 16 de Março de 2009 às 11:02

Caro RJTS, não percebi o comentário. Porque deveria o PS ir buscar fundos para compensar propostas do PSD?

Este partido é que deve apresentar as propostas devidamente estruturadas.

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3 Observador 16 de Março de 2009 às 18:19

Agora cada vez que se apresentam ideias tem que se dizer aonde se arranjar dinheiro para elas? Como se não estivessemos a falar de uma câmara municipal que tem o seu orçamento!??! Não estamos a falar de uma associação! Enfim, post mesmo lamentável e que demonstra a total cegueira do seu autor…

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4 Filipe Pinto 16 de Março de 2009 às 18:47

Estamos presentes Gomes Ferreira v.2.
Não sabe o que diz, não sabe o que pensa, não sabe o que escreve.
Torna-se monótono ler este blog.

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5 Jorge Monteiro 16 de Março de 2009 às 19:08

Acabe-se com as cunhas existentes em todos os sectores da função pública.

Já aí haverá disponibilidade financeira!

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6 F Santos 17 de Março de 2009 às 6:13

Ora bem: para os PS’s, se o PSD apresenta propostas, não são viáveis por isto e por aquilo; se não apresenta propostas, é porque o PSD está amorfo, sem rumo nem liderança. Política à la PS (para usar uma expressão bem querida do caro PSousa)
E que tal debaterem-se as propostas, por muito absurdas ou inconcretizáveis que sejam? Democracia não é isso mesmo? Ou será que o autismo e autoritarismo deste governo e do PS já está em tal nível que se limitam a ignorar tudo o que não seja proposto por si?
É que por muito que gostemos do Eng Neves ele é só o Presidente da Câmara, não o dono de Arouca.

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7 Pedro Sousa 17 de Março de 2009 às 6:31

Boas em geral,

O meu ponto é só um… e, provavelmente, isso deve-se ao facto de, profissionalmente, eu também ter de gerir um orçamento. Nesse orçamento temos receitas e despesas. Portanto, se tenho propostas que reduzem a receita e/ou aumentam a despesa, preciso de explicar como vou compensar essa questão. Se eu tenho € 400 K para gerir, não posso por-me a aumentar despesas a julgar que, depois, a empresa inventa dinheiro na árvore das patacas.
Parece-me óbvio, ou estarei enganhado?
Acho muito bem que todos os partidos apresentem propostas e as debatam de forma fundamentada. E devem fazê-lo constantemente. Se o executivo é injustamente cego a essas propostas, de certeza que os partidos da oposição poderão capitalizar isso nas eleições.
Agora, por exemplo, por rídiculo que fosse, propor reduzir em 50% o IMI. Boa ideia, não há quem não goste. E essa verba vai ser recuperada onde? Ou então, tendo menos esse dinheiro, que investimento vamos deixar de fazer?
É assim que julgo que o debate faz sentido.
No entanto, não deixa de ser curioso que defendam a liberdade de todos apresentarem propostas, mas queiram negar a liberdade do Engº Neves de as recusar.
Coisas…

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8 RJTS 17 de Março de 2009 às 8:35

“propor reduzir em 50% o IMI. Boa ideia, não há quem não goste. E essa verba vai ser recuperada onde?”

Em muitos lados. Por exemplo se o IMI fosse mais baixo, existia maior rendimento para as pessoas de Arouca, logo gastavam mais no nosso comércio.
As pessoas compravam mais casas em Arouca, logo os construtores arouquenses, imibiliárias, etc, iriam ter mais rendimento, as casas velhas que estão a cair, poderiam ser reconstruidas porque existia mais pessoas para a comprar. Fixava os jovens arouquense que querem comprar casa, mesmo trabalhando fora de arouca, porque iriam ter vantagens, etc, etc, etc

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9 Pedro Sousa 17 de Março de 2009 às 11:08

Caro RTJS,

Até pode ser que tenhas razão. Se esse modelo financeiro conseguir ser comprovado, excelente. Parece-me muito bem, apesar de eu não pagar IMI em Arouca.

Reitero o meu post: qualquer medida que signifique aumento de custo e/ou descida de receita, deve ser enquadrada e explicada. Se não for assim, corremos o risco de ser só populistas.

Por exemplo, Paulo Porta propôs o aumento do período do subsidio de desemprego com novas regras para o RSI que permitira poupar dinheiro. Ou seja, concorde-se com a ideia ou não, há um cuidado em explicar que para gastar mais aqui, poupa-se ali.

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10 F Santos 17 de Março de 2009 às 9:14

Caro Psousa

Investir muitas das vezes significa gastar mais do que se recebe. Terás concerteza também essa experiência no teu local de trabalho. E isso no presente pode ser custoso, mas frutuoso no futuro. Depende de que tipo de investimentos se fala.
A questão aqui é que foi o PSD a propôr, logo tem de justificar. Se fosse o actual executivo a propôr tenho dúvidas que o discurso fosse o mesmo.

Agora espanta-me que defendas um equilíbrio entre receitas e despesas, quando em algumas ocasiões defendeste que os “investimentos” que este governo anda a fazer são necessários, mesmo não se sabendo donde vem o dinheiro.Aeroporto, TGV, etc, tudo necessário. Donde vem o dinheiro? Então e se fosse o PSD a propôr isto? Um escândalo. Não estarás com 2 pesos e 2 medidas ou incoerência?

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11 Pedro Sousa 17 de Março de 2009 às 10:54

Caro F Santos,

Mesmo para investir, tens de ter €. Não estou a ver como o fazes sem ele. O que pode acontecer é teres de recorrer ao crédito para o fazer. É isso que espero que aconteça nas obras públicas: que exista um planeamento de custos e receitas.
Eu acho que os investimentos são necessários para ajudar a revitalização da economia (dentro dos meus parcos conhecimentos do tema), mas acredito que por trás deles existe um modelo financeiro.

Repara que nunca me vista aqui apelidar de escândalo os apoios que o PSD defende para as PME’s, nem sequer por em causa que por detrás dessas propostas existe estudos, não fosse MFL especialista no tema.

Agora, as propostas que o autor do artigo no DD trouxe, até podem ser positivas, mas é necessário encquadrá-las.

Só isso…

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12 RJTS 17 de Março de 2009 às 12:48

Temos que ter também em atenção que uma Câmara Municipal não é uma empresa privada, ou seja, não visa só o lucro, mas sim em maior escala o interesse dos habitantes…

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13 Pedro Sousa 18 de Março de 2009 às 11:15

Caro Ricardo,

Excelente ponto, tens toda a razão. A gestão camarária não deve ser orientada pelo lucro, no entanto, deve procurar ser pautada pelo equilibrio entre despesa (incluo aqui investimento) e receitas (próprias ou vindas do Governo, ou seja, de todos nós).

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14 ruigato 18 de Março de 2009 às 5:56

Sem querer fazer considerações sobre o conteúdo, os cronistas ou as propostas, quero apenas dar os parabéns ao Pedro Sousa pelo confronto com os Jotinhas, é impressionante como sempre que referes a JSD ou o PSD levas logo com uma mão cheia de comentários.

Pena que quando te referes a outros quadrantes políticos a participação não seja a mesma.

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15 Pedro Sousa 18 de Março de 2009 às 11:14

Caro Rui,

Eu fico satisfeito com a “luta” com os Jotas laranjas ou mesmo os laranjas. Para mim isso é excelente e gosto de rebater. Se não fosse assim, também era uma seca. Espero que eles também gostem de “debater” comigo.

Até agora sempre foi com respeito e consideração, portanto, óptimo. Venham eles!!!

Concordo contigo… é uma pena que nos outros quadrantes isso não aconteça.

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