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Domingo, Julho 4, 2010

O fecho das escolas

por Pedro Sousa em 4 de Julho de 2010

em País

Este tema é terreno fértil para todas as demagogias e não é um tema fácil de debater. São muitos os envolvidos e muitos os impactos.

No entanto, na minha óptica tudo se resume, numa fase inicial, a centrar a questão. Para quem existe a escola? Em primeiro para os alunos.

E sendo assim, todas as decisões que tendem para melhorar as condições físicas e de aprendizagem são importantes, sendo que é nesse capitulo que se insere o encerramento de escolas com poucos alunos. Estamos a falar de menos de 5 alunos por ano.

E nesta primeira análise, parece-me, mesmo enquanto pai, que uma criança não deve estar numa escola sem alunos e, em consequência também, sem as melhores condições pedagógicas.

Obviamente, este é um drama para o interior e localidades menores. No entanto, a existência da escola não tem travado a desertificação, pelo que o seu encerramento não deverá, nesse capítulo, ter grande impacto.

Antes das escolas, há que criar empregos e condições para as pessoas poderem comprar casas a preços acessíveis. Há que conquistar as pessoas para que elas vejam a vantagem da qualidade de vida nesses locais. Se as pessoas verificarem essas condições, não se importarão de andar 6 ou 10 Km (apx o que eu faço) para deixar os filhos na escola.

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Homenagem

por Pedro Sousa em 4 de Julho de 2010

em País

A anterior ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, publicou um livro sobre as virtudes da escola pública.
Com toda a legitimidade o faz. Ninguém como ela à frente do Ministério da Educação contribuiu mais para dar sentido ao ensino público, reordenando a rede escolar, melhorando as condições físicas e tecnológicas das escolas do ensino básico e secundário, alargando o horário do ensino básico, combatendo o abandono e o insucesso escolar, reforçando a acção social escolar, introduzindo a avaliação das escolas e dos professores, conferindo mais autonomia e responsabilidade às escolas, universalizando o ensino pré-escolar e o ensino secundário, apostando no ensino profissional.
Enfrentando com coragem e determinação todas as resistências corporativas e oposições políticas, Maria de Lurdes Rodrigues foi simplesmente a melhor dos ministros da Educação desde o 25 de Abril

Vital Moreira

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