Não resisto a postar sobre o que se passa na Madeira, depois da presença de Marques Mendes da festa do Chão da Lagoa.
Marques Mendes só pode estar desesperado e andar atrás do 30% de militantes PSD da Madeira que têm as quotas em dia, e portanto, vão poder votar nas directas. Mas, nem a vontade de manter a liderança do partido, devia levá-lo a descer tão baixo, ao acompanhar em público alguém que já insultou todos os habitantes do continente por diversas vezes e que, entre muitas pérolas, chamou filhos da **** aos jornalistas. A não ser que o termo “filho da ****” tenha passado a ser corriqueiro, tantos foram os defensores do professor Charrua. Como sugeria um blog, o que diria o prof. Charrua se os alunos o passassem a tratar por filho da ****? Diria que é um direito que lhes assiste?
Mas, voltando à Madeira… a subserviência de Mendes perante tal personagem, demonstra bem a fraqueza da sua liderança. Ao lado de Alberto João ouviu este dizer que o primeiro-ministro “põe em causa a unidade nacional”, conseguindo não se rir, mas dando cobertura a esse devaneio.
Mendes foi dar cobertura a alguém que não quer aplicar as leis da República, provavelmente porque acha que esta foi feita por cubanos, e nada disse. Marques Mendes sugeriu a Sócrates que respeite a autonomia, mas nada disse a Alberto João quanto a respeitar o país e as suas instituições.
O blog o Jumento (sim, eu sei que o cito muitas vezes, mas é porque merece) resume (e eu resumo o resumo):
«A relação entre o líder do PSD e o líder do PSD-Madeira evidencia bem a cobardia política de Marques Mendes. O Alberto João pode dizer os disparates que entender, ofender quem quer, esticar a corda da chantagem independentista, denegrir as instituições da República, de Marques Mendes não se ouve a mais pequena reprovação, a regra é o silêncio cobarde. [...]
[...] Para Marques Mendes o interesse do país ou o respeito pela legalidades é bem menos importante que o apoio que o Alberto lhe dá para se manter na liderança do PSD. [...]
[...]Marques Mendes esqueceu que antes de o Alberto vir com a desculpa do dinheiro para não aplicar a lei do aborto já tinha dito que essa lei nunca seria aplicada na Madeira. Sabe que esse argumento só surgiu quando Cavaco teve a coragem de tomar posição, defendendo que a questão deveria ser resolvida nos tribunais.
Marques Mendes defende que sempre que surgir um novo tratamento, uma nova cirurgia ou um novo medicamento o governo regional se recuse a atender os doentes enquanto o Governo não lhe mandar mais dinheiro? [...]
[...]Não é apenas a Madeira que vai ter que afectar recursos financeiros, isso também sucederá no continente e nos Açores e não me recordo de ter visto Marques Mendes preocupado com isso. [...]
[...]Alguém que sujeita a sua posição política ao proxenetismo financeiro de Alberto João não tem condições para liderar um partido nacional e muito menos ser candidato a primeiro-ministro.[...]»
o artigo na totalidade em: http://jumento.blogspot.com/2007/07/marques-mendes-no-os-tem.html#links
É esta a oposição no meu país? Cada vez mais desejo vida longa a José Sócrates.
{ 0 comentários }