Do arquivo mensal:

Janeiro 2009

PACHECO PEREIRA E O GRAU ZERO

por Pedro Sousa em 31 de Janeiro de 2009

em País

images1O desespero toma conta de JPP, ao aperceber-se que as suas ideias para o PSD, que acompanham Ferreira Leite, têm-se demonstrado desastrosas, revelando o quando um intelectual pode andar desfasado da realizade.

Sendo assim, só resta o destilar de um ódio doentio a José Sócrates e a qualquer atitude que este tenha.

No entanto, pode-se sempre descer mais baixo.

Associar a capa do 24 horas com título sobre a mãe do PM ao caso Freeport (quando a compra da casa aconteceu ainda José Sócrates não era ministro do ambiente), é aquilo que onde eu nasci se chama de PULHICE!

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É este céu sempre cinzento

por Pedro Sousa em 31 de Janeiro de 2009

em País

Extratos do artigo de Miguel Sousa Tavares

Manifestamente, eu acho que o tio e o primo de José Sócrates não se recomendam. Mas não posso julgá-lo por isso: a família não se escolhe nem se controla. Eu não vou julgar José Sócrates porque o tio meteu um empenho para que ele recebesse o sr. Smith, ao serviço do Freeport, ou porque o primo depois tomou a iniciativa de cobrar essa audiência ao Freeport. E também não vou esquecer o enredo político em que toda esta história nasce. Comecemos por aí.

O caso Freeport nasce, em 2005, como uma claríssima manobra de desespero eleitoral do pior PSD que já existiu. Nasce de uma promíscua trama tecida entre um inspector da PJ, jornalistas a soldo e homens de mão do poder de então. E renasce agora em ano de eleições e, queira-se ou não, como a única arma que o PSD tem para tentar evitar a anunciada e inevitável vitória de Sócrates e do PS em Outubro. Não é argumento decisivo nem de substância, mas é um facto — e um facto a ter em conta, enquanto se avança com pinças nesta história.

[...]

O segundo facto digno de meditação é que, derrubado Sócrates, o país fica entregue à deliquescência. É possível que, como escreveu José Miguel Júdice, partindo de outro contexto, Portugal se torne ingovernável e que deixe até de reunir condições para existir, enquanto país independente — essa é, aliás, uma hipótese de trabalho que há muito considero como coisa possível e mais verosímil do que se imagina. Eu penso que Portugal não vale muito como nação e como povo — aquilo que nos separa da inviabilidade não é tanto como, por inércia, nos habituámos a pensar.
[...]

O terceiro facto constringente é que o caso Freeport veio piorar ainda mais este cenário cinzento em que vivemos, estes dias de eterna chuva que duram já desde o ano passado, este terror de ouvir as notícias da manhã e saber que fechou mais uma empresa, que mais umas centenas ou milhares de trabalhadores e famílias foram lançados na miséria, esta raiva de descobrir que mais uma gentil alma, cavalheiro da finança e comendador da nação, não passava afinal de um vulgar bandido de salão, um salteador de ilusões. Porque José Sócrates não tem sido um primeiro-ministro perfeito — longe disso! — mas é o melhor ou o menos mau que podemos arranjar. O seu forte foi ter a vontade e a coragem de mudar o que gritantemente estava mal. O seu fraco foi ter tomado por aliados os bandidos de salão. Não lhe cobro os professores: cobro-lhe os contentores. Não lhe cobro os hospitais sem doentes e as escolas sem alunos encerradas: cobro-lhe o TGV sem passageiros e as auto-estradas sem utentes. Cobro-lhe a oportunidade perdida de ensinar à clientela do regime que tem de aprender a viver sem os negócios e os favores do Estado. Porque essa é razão primeira para a inviabilidade de Portugal. Mas é facto que, como está à vista de todos, não há, presentemente, substituto para governar Portugal e, assim sendo, a execução em lume brando de José Sócrates é a pior perspectiva possível para 2009.
[...]

E mais uma coisa me poderia deixar constrangido, não sei se por deslocado reflexo patriótico: que um organismo policial inglês, chamado Serious Fraud Office, funcionando na dependência do PM britânico, se ache autorizado a mandar uma carta rogatória à polícia portuguesa onde declara o nosso PM suspeito de “ter solicitado, recebido ou facilitado pagamentos” para licenciar o Freeport, com base num depoimento de um vulgar cidadão inglês, um tal sr. Smith — que, aliás, parece que, afinal, o desmente. Alguém imagina a nossa PJ a mandar uma carta rogatória à Scotland Yard dizendo que, com base num depoimento do sr. Silva, declara Tony Blair, por exemplo, suspeito de ter sido corrompido para apoiar a invasão do Iraque?
[...]

Estas são as questões essenciais a que José Sócrates tem de responder e que, salvo melhor opinião, ainda não vi que tenha feito satisfatoriamente. O resto — dizer que está à disposição da justiça, que espera que ela seja rápida e faça o seu caminho — tudo isso são trivialidades. Mas nas quais, culpado ou inocente, ele se irá afundando, passo a passo, enquanto para todos nós não se tornarem claras as razões pelas quais o Freeport de Alcochete foi aprovado e naquelas circunstâncias. Ninguém lhe pode exigir, ao contrário do que alguns histéricos jornalistas acham, que inverta o ónus da prova criminal. Mas o ónus de provar a boa-fé política com que agiu, essa, cabe-lhe por inteiro. E disso depende o nosso futuro próximo

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JORNALISMO DE SARJETA

por Pedro Sousa em 31 de Janeiro de 2009

em Arouca

A Revista Sábado escreve na 1ª página “Autoridades inglesas pedem informação bancária sobre o primeiro ministro numa carta rogatória”

Agora que – numa grosseira violação do segredo de justiça - o Expresso publicou essa carta, alguém encontra lá qualquer pedido para ver as contas do PM? E agora, a Revista Sábado vai-se retractar, ou segue tudo em frente como se fosse tudo normal?

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O Que eu gostava de ter escrito XXV

por Pedro Sousa em 30 de Janeiro de 2009

em Com a devida vénia

Enquanto esteve com a polícia e magistrados ingleses, a investigação foi o que devia ser, silenciosa. Desde que chegou a Portugal, há dez dias, foi um ver se te avias de informações às pinguinhas. Sou do meio, sei do que falo: investigação jornalística, o tanas. Milho atirado.

http://dn.sapo.pt/2009/01/30/opiniao/os_pombos_animais_estupidos.html

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OS CASOS

por Pedro Sousa em 29 de Janeiro de 2009

em Com a devida vénia

Portugal vive, há pelo menos dez anos, traumatizado consigo mesmo. Inexplicavelmente, o “país dos brandos costumes” transformou-se num país de justiceiros e corruptos. As injecções de adrenalina são permanentes e já ninguém consegue viver sem “casos”. Nesse período de tempo foram, que me recorde, o “Caso Vale e Azevedo”, o “Caso Caldeira”, o “Caso Moderna”, o “Caso Independente”, o “Caso Isaltino”, o “Caso da Câmara de Lisboa”, o “Caso Apito Dourado”, o “Caso Casa Pia”, o “Caso BCP”, o “Caso BPN”, o “Caso BPP, o “Caso Gondomar”, o “Caso Fátima Felgueiras”, o “Caso Portucalle”, o “Caso Furacão”, o “Caso Freeport”, só para referir os mais conhecidos. Todos eles durante anos na justiça e nos media, e muitos deles ainda por terminar. Portugal é, de facto, um caso curioso.

http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2009/01/um-pais-em-ocaso.html

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FREEPORT POR RAP

por Pedro Sousa em 29 de Janeiro de 2009

em País

O terceiro ponto menosprezado pela comunicação social tem a ver com o facto que precipitou a investigação. Ao que parece, o juiz desconfiou do modo como o processo foi licenciado. De acordo com a descrição do magistrado, tudo se passou de forma impecável, célere e competente. Estava à vista de todos que alguma coisa estava mal. Em Portugal, este costuma ser um bom método para descobrir ilegalidades. Se um projecto é aprovado dentro do prazo, alguém anda a receber dinheiro por fora. Normalmente, quando alguma coisa corre bem, é sinal de que há moscambilha.

RAP Visão de 29/01

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MOMENTO HILARIANTE DA ENTREVISTA DE CRESPO A PSP

por Pedro Sousa em 28 de Janeiro de 2009

em Arouca

- O tio era, ou não, tio do Primeiro-Ministro?
- O tio era… Está-me perguntar se o tio era, ou não, tio do Primeiro-Ministro?!
- Era ou não? Ou não? É?…
- Ó Mário Crespo… Está-me a desiludir profundamente…
- Temos casos… Desculpe, desculpe…
- Está-me a perguntar se o tio era tio, e se a prima era prima…
- Não, não… Não brinque com palavras comigo que eu não brinco com certeza.

A entrevista pode rever-se aqui

http://sic.aeiou.pt/programasInformacao/scripts/videoplayer.aspx?ch=Mario-Crespo-Entrevista&videoId=%7BA958FA43-1DB5-4FF8-B040-41A47A40224A%7D

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SER JORNALISTA, PELOS VISTOS, TORNA-NOS INIMPUTÁVEIS

por Pedro Sousa em 28 de Janeiro de 2009

em Arouca

Se soubéssemos quem fez chegar o famoso DVD ao jornal e em que data tal sucedeu ficaríamos a saber mais sobre o caso Freeport do que alguma vez vai saber o Ministério Público. E se soubéssemos quem violou o segredo de justiça seria a cereja em cima do bolo.

A tentativa de golpe que este caso representa é um crime bem maior do que o oportunismo familiar o neurónio criativo.

Talvez percebêssemos porque razão este caso ia provocando um orgasmo precoce em muita gente que anda desesperada há quatro anos, gente que começou por apontar baterias para os eventuais favores a familiares de Sócrates, depois tornaram-se ambientalistas e agora estão preocupados com a celeridade na decisão de um processo. O seu desespero denuncia claramente a estratégia.

retirado daqui: http://www.jumento.blogspot.com/

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VENTOINHAS

por Pedro Sousa em 27 de Janeiro de 2009

em País

Ontem, ao ver BaracK Obama anunciar que o EUA vão investir de forma a reduzir a dependência do petróleo e a investir em energias alternativas como forma, também, de fugir à crise, ouviu-se um grito de Ricardo Costa, Director da SIC, para a mulher a dizer: “Maria, Maria, este vai estar até à noite a falar de ventoinhas”

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Juiz obriga viúva a dar mesada à amante do marido

por Pedro Sousa em 26 de Janeiro de 2009

em O mundo anda louco

Não consigo comentar… o título diz tudo… não consigo balbuciar nenhuma palavra…

http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/12585

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