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Sexta-feira, Setembro 9, 2011

E O DR. PAULO PORTAS, JÁ CUMPRIU?

por Pedro Sousa em 9 de Setembro de 2011

em Arouca

Em Outubro de 2009, foi noticiado assim:

Numa visita ao concelho de Arouca, Paulo Portas revelou esta quarta-feira que se candidata a presidente da Assembleia Municipal de Arouca para ajudar a resolver o problema das acessibilidades num concelho «que está perto do litoral e longíssimo do progresso».

O presidente do CDS-PP, afirmou ainda que vai «dar um bom contributo» e «se necessário um murro na mesa» para que «a questão das acessibilidades se resolva».

Então, já se ouviu o murro no Conselho de Ministros?

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não querem trabalhar…

por Pedro Sousa em 9 de Setembro de 2011

em País

O horror, a tragédia, a malandragem. No Jornal de Negócios dá-se hoje voz à angústia sem fim que devasta o sector do calçado. Os empresários do ramo precisam de mais 1500 pessoas, mas não há em Portugal 1500 pessoas que queiram trabalhar. Entre gritos lancinantes de impotência e desânimo, os nossos criadores de empregos confessam que já tentaram tudo, excepto aumentar salários — porque os salários baixos, evidentemente,não explicam a situação.

Claro.

O que explica a situação é o sol e a praia, a ausência de valores, o colapso das famílias, o tabagismo e o consumo de psicotrópicos, o declínio da fé verdadeira, o aborto livre e a natural propensão para a indolência do barrasco lusitano.

Tudo excepto os salários baixos.

Quatrocentos e oitenta euros por mês, em Santo Tirso, dão lindamente para alugar um T4 e pôr os filhos no colégio. Ao fim de semana joga-se golfe em Arcozelo ou dá-se um saltinho ao Bull & Bear.

Os salários não explicam, portanto. As leis da oferta e da procura funcionam em todo o lado mas são miraculosamente suspensas acima de Valongo, nas fábricas de calçado português. As empresas do mundo inteiro atraem funcionários com salários e regalias, excepto na Chancela & Teresinha, na Natália Lda ou na Tavares & Irmãos. Aí podem lançar à rua libras de ouro ou maços de dinheiro que não aparece ninguém.

Esta situação chocante justifica que o Governo tome uma atitude firme para persuadir os nossos compatriotas a trabalharem um pouco mais. Talvez, enfim, com a subida do IVA, um aumento do preço dos transportes ou o fim das comparticipações nos medicamentos.

Já foi feito? Então mandem a polícia.

roubado do blog Delito de Opinião

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