Não deixa de ser curioso que um dos maiores responsáveis pelas desigualdades no país, tenha agora discursos de igualdades e distribuição de sacrificios. O homem que teve na mãos milhões e milhões que poderiam ter ajudado a equilibrar as oportunidades no país.
Todos devemos ler o livro “Distribuição do Rendimento, Desigualdade e Pobreza: Portugal nos anos 90” onde se pode ler
«ao longo da primeira metade da década de noventa assistiu-se a um modelo de crescimento que beneficiou os indivíduos e as famílias de maiores rendimentos, penalizou os indivíduos dos escalões inferiores da distribuição, acentuou fortemente as desigualdades sociais e manteve os níveis de pobreza extremamente elevados; na segunda metade dos anos 90, como consequência da implementação de novas políticas sociais dirigidas aos sectores da população mais carenciados (como o Rendimento Mínimo Garantido), foi possível conter a tendência anterior mas não se conseguiu a sua inversão»
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