Na cruzada da imprensa a tentar ajudar a oposição a propagar a ideia do autoritarismo, esqueceram-se de enfatizar – da mesma forma - a importante alteração ao regime da Assembleia da República e que vai trazer mais importancia aos partidos que não estão no poder.
Da autoria do deputado do PS, António José Seguro, no novo regime destaca-se:
a) um deputado da Assembleia da República passa a ter o direito de ver os seus projectos de lei debatidos e votados, o que não acontece agora;
b) os requerimentos dos deputados dirigidos ao Governo passam a ser respondidos obrigatoriamente ao fim de 30 dias
c) A partir de Setembro, os ministros passam a ir quatro vezes por sessão ao Parlamento, não sendo necessário, para tal, a concordância da maioria
d) passarão, a partir de Setembro, a ser colocados “on-line”, na Internet, os interesses financeiros de cada um dos deputados
e) Todos os grupos parlamentares da oposição passam a dispor de 13 agendamentos potestativos por sessão legislativa para chamar os ministros ao Parlamento.
f) A duplicação dos debates com o primeiro-ministro
Como bem destacou José Sócrates “nunca antes tinha acontecido na democracia portuguesa que um partido com maioria absoluta aprovasse uma reforma do Parlamento que dará mais condições à oposição”
Uma verdadeira deriva autoritária ocorre na Madeira, onde à oposição é quase vedada a possibilidade de falar, onde um dirigente político olha para um território como a sua quinta, com um “olhar para o lado” cobarde do partido a que pertence.
{ 2 comentários… lê abaixo ouadiciona }
Não tem nada a ver com o assunto dos deputados, que continuam com belas reformas, esses sim, qualquer que seja o número de filhos, mas gostaria de chamar a atenção para a notícia da sic online que abaixo transcrevo, É tão idiota, tão deturpada, que quem está dentro do sector fica parvo de como podem os jornalistas escrever estas coisas! Segue a notícia, que mais parece escrita há 35 anos:
“Os viticultores do Douro estão preocupados com a reforma do sector proposta pela União Europeia. Dizem que o arranque das vinhas e o fim dos apoios à destilação podem pôr em causa o futuro do Douro vinhateiro.
SIC
Imagine-se o que seria daquela paisagem Património da Humanidade se de repente os vinhedos começassem a ser arrancados! O cenário é hipotético, mas pode tornar-se real.
Desde que a União Europeia anunciou o arranque da vinha como uma das propostas para a reforma do sector dos vinhos, os viticultores durienses questionam o futuro.
Bento Gonçalves é um pequeno viticultor a quem a vinha dá mais trabalho do que lucro. Embora fosse mais fácil aproveitar os apoios previstos para o arranque das videiras e gozar a reforma, o amor ao Douro fala mais alto.
Bento Gonçalves e outros viticultores são unânimes: é preciso fazer algo pelo sector dos vinhos, pelo Douro.
Mas – sustentam – não é com o arranque das vinhas e o fim dos apoios à destilação que a União Europeia resolve a crise.
A Directiva Comunitária para o sector dos vinhos, recentemente apresentada pela União Europeia, deverá ser aprovada até ao final do ano.
Enquanto nada se decide, os viticultores querem saber o que o futuro lhes reserva. Querem que alguém lhes diga o que devem fazer, para manterem viva a região Património da Humanidade.”
Note-se que o arranque da vinha faz todo o sentido em regiões/ zonas onde as condições edafoclimáticas não são favoráveis. Enfim, em palavras menos técnicas, para quê bater mais no ceguinho?
“Como bem destacou José Sócrates “nunca antes tinha acontecido na democracia portuguesa que um partido com maioria absoluta aprovasse uma reforma do Parlamento que dará mais condições à oposição”
Mas onde anda a oposição em Portugal!!!!
O Marques Mendes não chega ao microfone do Parlamento, por isso nem se ouve.
O Paulo Portas deve andar por aí, em qualquer feira a dar beijinhos às senhoras e abraços aos senhores.
Quanto aos restantes devem andar preocupados com a festa do Avante, e por aí ….