É sempre importante recordar as palavras do líder do CDS-PP que andou em campanha por Arouca a prometer aos arouquenses, tentando demonstrar que a solução do nosso problema de acessibilidades estava nas suas mãos.
Entretanto, Paulo Portas deixou de nos visitar e, muito mais grave, deixou de mexer uma palha para procurar resolver a nossa principal dificuldade.
Dizia Paulo Portas ao RODA VIVA jornal (Arouca) , na tomada de posse da Assembleia Municipal, respondendo à pergunta sobre a boa vontade para se empenhar na finalização da variante:
“Tudo o que estiver ao meu alcance e alguma coisa está, tudo farei para a conclusão dessa importante infra-estrutura. Os arouquenses podem ficar tranquilos sobre essa questão. Afirmei isso durante a campanha e vou cumpri-lo.”
Sabemos hoje que “fazer tudo” para Paulo Porta, significa não fazer absolutamente nada. É pena!!
{ 3 comentários… lê abaixo ouadiciona }
E o Sócrates, o que disse sobre a variante, ah?
Meu caro,
O que Sócrates fez não tem perdão, mesmo que tenha incluído o troço na concessão do Vouga que foi cancelada por causa das eleições. Isso poderia ter resolvido… Mas, ainda assim, não resolveu.
Mas Paulo Portas disse isto já depois disso e o que disse qualquer outra pessoa em nadas desresponsabiliza Paulo Portas. Sócrates é responsável pelas suas palavras e já foi julgado. Portas tem de ser julgado pelas suas palavras (e não pelas de outros) e, espero, virá a ser severamente julgado.
Ou o facto de Sócrates ter dito o que disse, desculpa Paulo Portas pela “fraude” eleitoral que proporcionou ao fazer de conta que se preocupava com Arouca e íamos ajudar à construção da variante?
Completamente de acordo sobre Paulo Portas.
Mas não nos podemos esquecer que PP é eleito de 4 em 4 anos por um municipio diferente do distrito de Aveiro, pelo que a sua convicção em defender os interesses de cada municipio é, no mínimo, duvidoso. O problema é que a malta vota nas caras e não nas ideias e depois dá nisto.
A minha questão de fundo mantém-se: fala-se demais e faz-se de menos. E isto é transversal: enquanto os candidatos a cargos de administração pública não tiverem a decência de falar verdade durante a “campanha”(que por si devia ser abolida), não mudamos este ramram vergonhoso de vira o disco e toca o mesmo.
E para demonstrar esta ideia eu também não me esqueci disto: «às vezes o Orçamento é usado como desculpa para certas coisas, e Arouca precisa desta ligação há muitos anos». Na opinião de Pedro Passos Coelho, «independentemente de o Orçamento a ter inscrito ou não como verba prioritária, de todas as palavras e promessas de que este troço iria ser concluído, creio que isso é bastante para que o Governo o possa realizar, e tenho a certeza de que não será por causa do Orçamento de Estado que a obra não avançará». in Roda Viva