Miguel Frasquilho, Abril de 2010 “Frasquilho defende redução de salários e pensões”
Paulo Rangel, Julho 2010 ao Jornal Público “Acho que os dois [redução salarial e aumento de impostos] devem ser combinados.”
Ernâni Lopes, Jornadas Parlamentares do PSD, Julho 2010 “Ernâni Lopes pede corte de 15% nos salários da função pública”
Uma coisa é certa… os portugueses não podem dizer que não andam a ser avisados.
{ 13 comentários… lê abaixo ouadiciona }
É uma solução dura. Lá isso é!
mas para quem faz contas todos os dias, a equação não permite esticar.
oxalá não fosse necessário uma solução assim.
não estou certo que seja desta maneira, tal como não estou certo que não seja necessária.
não me parece, sendo a produção para exportação, a única saída no curto prazo, que tenhamos mais alternativas.
No entanto atenta nisto:
aumento do iva+aumento do irs+aumento das prtgns+aumento de emolumentos vários+ redução das deduções no irs+ instalação de txs moderadoras+ não comparticipação de medicamentos+transportes escolares+aumento i selo nos créditos+aumento i especiais ao consumo+trib das mais valias+ o C*R*LH* a 4 : Predro, esta m**** é muito mais do que 15%!!!
meu caro, já não sei quem nos salvará!!
um abraço
inquieto
já agora deixa dizer:
só para a função pública parece-me desajustado.
um abraço
inquieto
Caro inquieto,
Não sei se vai ou não ser solução, mas sempre de recurso. E a forma como se tem falado tão levianamente sobre o tema, parece-me que o PSD a encara, não como um recurso, mas como mais uma medida.
O aumento de impostos, tipicamente, é muito mais justo, dado que paga mais impostos quem mais consome, logo, quem mais dinheiro tem disponível para consumo. O aumento do IVA, por exemplo, é um desses casos. Quem tem um rendimento disponível para compras de 500€, 1% não vai ter grande impacto (é menos um maço de tabaco). Os restantes impostos têm, mais ou menos, a mesma leitura. A redução de salários tem um impacto sobre o consumo que não é de somenos. Mas essa é uma opção em muitos dos produtos… ou seja, podes decidir comprar ou não comprar. Escolher o produto A ou o B, para melhor gestão.
O corte falado é na Função Pública porque é aí que o Estado enterra dinheiro. No entanto, as classes dirigentes e os políticos têm ainda muita margem de corte de gordura nos mais diversos locais. E era aí que deviam começar…
Pode e deve-se fazer muito mais do que ir ao bolso dos portugueses. É preciso saber o que é o que tem o Estado material, para perceber o muito que se pode fazer, o muito que se pode rentabilizar e o muito que se poderá poupar. O que é e o que tem o Estado material?
Caro A J Brandão de Pinho,
Há vários a defender a venda do ouro. Pelo que li, curiosamente, Portugal é dos países europeus com maior reservas de ouro. Aliás, julgo que foi Miguel Cadilhe que uma vez até sugeriu que se vendesse o ouro e que se usasse essa receita para pagar indemnizações de demissões na função pública, para assim emagrecer o Estado.
Mas se isso é verdade, porque raio não vendem algum de uma vez por todas? Concerteza que haverá alguma explicação para ainda não terem usado esse meio (ainda por cima nesta altura em que o ouro até está bem cotado). Em 2005 Portugal tinha as 13ªs maiores reservas de outro do mundo. Em Dezembro de 2009 diz-se que as reservas em ouro do Banco de Portugal valiam 10 mil milhões de Euros.
De que estarão à espera e quais as implicações? Se alguém souber explicar, agradecia.
Pedro,
Não defendo que o Estado venda o quer que seja. Defendo, isso sim, que o Estado faça uma melhor gestão daquilo que possui, deixando de desperdiçar o que desperdiça. Assusta ver o Estadão desbaratado que existe em Lisboa, mas, também, um pouco por todo o país, só no que diz respeito a imóveis.
Qual a necessidade de se contruir, agora, um edifício de raiz para alojar o Museu dos Coches, hoje repartido, e bem, entre o Palácio de Belém e o Paço de Vila Viçosa (Simbolos da Democracia e da Monarquia)? Qual a necessidade de se estar a projectar um novo edifício para albergar o Museu da Marinha, hoje instalado no Mosteiro dos Jerónimos? Qual a necessidade de vender o Estabelecimento Prisional de Lisboa e estar agora a pagar uma renda milionária a privados? Qual a necessidade de estar a fazer o mesmo com toda a área do Hospital de São José? E as rendas milionárias (um milhão de euros mês) pagas pelo Campus da Justiça, na Expo?
O Governo tem que deixar de gerir interesses privados, desbaratando o Estado!!!
Este é
Um País sem (vergonha) Moral…
De que adianta virem os Doutos Catedráticos de não sei quê
Dizer….
Os do costume que paguem a crise…
MAS ELES NÃO PAGAM (os Doutos, claro).
São pagos bilionárdiamente e atiram foguetes pró ar, assobiam para o lado que lhes dá mais jeito…
Porra Pá…isto assim não vai lá…………..
Tudo isto terá um bem ! Com a mais que previsível vitória do Dr. Passos Coelho o PS terá de se encostar à sua matriz primeva: a Social Democracia. Quanto ao dr. Coelho prepara-se para entregar aos amigalhaços o que resta para fazer grandes e belos negócios: saúde e educação. Bonito, bonito será quando a UGT e a CGTP de agulhas alinhadas deitarem à rua umas quinhentas mil pessoas para contestarem as políticas do PSD…
Como é que tu és capaz de fazer um post destes? Que lata…
Porquê?
Porque é que o PS continua a achar que a culpa do país estar enterrado nesta situação é do PSD?
Que mania… Mais à direita que o PSD está este PS! Enxerguem-se!!
Caro F Santos,
Que mania de perseguição… quem escreveu neste post que a situação do país tem responsabilidade do PSD? (eu acho que em grande parte, mas este post não tem nada a ver).
O post apenas refere que o PSD está a avisar as pessoas que chegando ao Governo……..
Ao que parece, e segundo as últimas notícias o PPD (não o PSD) tem um plano: tornar a educação e a saúde parcialmente pagos e liberalizar os despedimentos… Para isso propõe-se fazer mudanças constitucionais. Estas intenções são aquelas que dividem, decisivamente, PS e PPD. São também aquelas que dividem, dentro do próprio partido de Passos Coelho, sociais democratas e liberais.
Para já faltam as propostas, concretas, que o Dr. Passos Coelho fará depois da importante revisão constitucional que pretende implementar…
No meio de todo o ruído, e de meias palavras do actual líder social democrata, os portugueses preparam-se para entregar o poder a propostas políticas que irão maximizar a linha de direita liberal iniciada pelo PS em muitas áreas da acção governativa… Acreditando nas últimas sondagens o PPD poderá vencer com uma agradável maioria com muitos votos vindos directamente da classe média… Não deixa de ser surpreendente!!! Com um sistema de saúde de educação tendencialmente gratuito é a classe média que mais directamente benificia com o estado social guardando para si uma parte assinalável dos rendimentos que, supostamente, seriam gastos com saúde e educação. Com a prevísivel proposta do PPD ( daquilo que se percebe) os gastos seriam comparticipados, conforme os rendimentos. Ora assim sendo a classe média será ”depenada” ficando os seus rendimentos reduzidos de modo drástico. Isentos ficariam os pobrezinhos… Quanto aos ricos… Continuarão a tratar-se onde for preciso e os seus filhos continuarão a frequentar as melhores escolas que o dinheiro pode pagar!