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Quarta-feira, Novembro 26, 2008

EM VEZ DE APRENDER, OS PROFS RECRIMINAM…

por Pedro Sousa em 26 de Novembro de 2008

em País

Escola da Póvoa de Varzim olhada como a “fura-greves”

 

Na Escola EB 2,3 de Beiriz, na Póvoa de Varzim, o processo de avaliação decorre com normalidade e dentro dos prazos.

Não há manifestações de professores, nem protestos de pais. Aos alunos, o caso quase passa ao lado. Mas aqui ser “diferente” dá direito ao olhar “reprovador” dos vizinhos e, por isso, a escola prefere agora o silêncio.

“Se uma consegue, por que é que as outras não conseguem?”, questiona o presidente da Associação de Pais do Agrupamento Campo Aberto, que abrange oito escolas, do Pré-escolar ao 3.º Ciclo, num total de 1280 alunos.

Mário Ferreira não tem dúvidas de que o “segredo” assenta numa “óptima relação entre pais, Conselho Executivo e corpo docente”. Cooperação, diálogo e trabalho, “sempre a pensar nos alunos”, são palavras de ordem. “Trabalhámos juntos na procura de soluções que tornassem o processo mais funcional”, afirma.

A escola, lembra Mário Ferreira, é “reconhecida”: tem uma “orgulhosa” taxa de abandono escolar de 0,1% e uma “baixíssima” taxa de insucesso, assentes, em grande medida, na diversidade de oferta educativa e em vários programas destinados, em cada nível de ensino, a “adaptar” a escola às necessidades de cada um. Os exemplos servem para explicar que é a trabalhar “muito”, “em silêncio” e “nos órgãos próprios” que a escola responde aos problemas. A avaliação de professores não foi excepção. “Os conselhos executivos têm de encontrar formas de tornar o processo menos burocrático. Às vezes, não se procura encontrar uma solução”, diz Mário Ferreira.

O presidente da Associação de Pais admite que o modelo “tem coisas que podiam ser melhoradas”, mas “meter a cabeça na areia não resolve”. Com auto-avaliação de docentes há vários anos e avaliação externa, a definição de objectivos individuais já é prática corrente na escola e a observação das aulas não é problema.

A escola tem 115 professores, 24 dos quais titulares. Destes, dez são avaliadores. Contas feitas, haverá um máximo de nove “Excelente” e 23 “Muito Bom”.

Beiriz até podia ser um exemplo a seguir, mas o facto é que o “diferente” trouxe a escola para a praça pública e, agora, são os “vizinhos” de outras escolas que a olham como a “fura-greve”. Por isso, o Conselho Executivo da escola prefere o silêncio, como forma de “proteger” o seu corpo docente.

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Quando uma escola é exemplar no funcionamento e tem de esconder esse facto com medo de represálias dos seus pares, percebemos a pressão dos Sindicatos e a sua própria agenda.

Numa situação normal, Mário Nogueira e o resto da banda, devia procurar aprender, saber como conseguem, como se organizam… mas isso era uma GRANDE chatice!!

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O QUE EU GOSTAVA DE TER ESCRITO XXIII

por Pedro Sousa em 26 de Novembro de 2008

em Com a devida vénia

Por aquilo que se vai vendo e ouvindo temos de concluir que todos os professores eram exemplares, que quando não havia a burocracia da avaliação todos tinham tempo para preparar bem as aulas, o absentismo era quase nulo, as escolas eram geridas exemplarmente. A “escola pública” era um modelo de virtudes que a Lurdes veio estragar. A progressão nas carreiras era mais estimulante quando era automática, a avaliação era bem feita quando não existia, as aulas de substituição não eram necessárias porque ninguém faltava, a “escola pública” era um modelo para o mundo.

Apetece-me perguntar onde estão (ou estavam) os defensores da “escola pública”:

Quando professores do ensino público vão a correr para casa ganhar pequenas fortunas (livres de impostos) em explicações dadas aos mesmos alunos que são mal sucedidos na mesma “escola pública” onde os seus “explicadores” dão aulas?

Quando em muitas escolas é necessário meter cunhas para que os filhos não vão parar a turmas de repetentes.

Quando muitos professores só vão ler o nome dos seus alunos no dia da “apresentação” sem que antes, apesar dos meses de férias se tenham interessado pelo currículo escolar desses alunos.

Quando se organizam turmas a pensar nos horários dos amigos dos conselhos directivos que ficam as melhores horas e os melhores alunos, deixando as turmas dos “repetentes” a professores menos experientes que caíram de pára-quedas.

Quando se faltavam semanas usando a lei que permitia entregar o atestado até vários dias depois da primeira falta para que esse atestado nunca chegasse a ser verificado por um médico.
Quando os artigos 4.º (os tais que foram introduzidos em Portugal para permitir às mulheres faltar nos dias mais complicados do período menstrual).

Quando professores com o 7.º ano antigo receberam um curso de faz de conta para serem equiparados aos professores licenciados e atingirem rapidamente o topo da carreira, algo que para muitos funcionários públicos exige concursos com prestação de provas e nem sempre há vagas.

Quando se instalou na sociedade portuguesa a ideia de que a vantagem de ser professor era permitir cuidar melhor dos filhos ou ter uma segunda actividade, explicações, pequenos comércios, empresas de contabilidades, etc., etc..

Onde estavam os defensores da escola pública quando, durante décadas, a qualidade do nosso ensino era inaceitavelmente baixo?

Não tenho a mais pequena dúvida de que os professores não são nem melhores, nem piores do que os outros grupos profissionais, que há uma maioria de bons profissionais, só não entendo porque razão as escolas deverão ser um mundo à parte, gerido por e em função dos interesses privados de um grupo profissional que, recebendo ordenados pagos pelos contribuintes, acha que nenhum governo pode adoptar medidas que os prejudiquem nos seus interesses privados.

É evidente que os professores não são contra as aulas de substituição ainda que nunca as tenham proposto, são defensores da avaliação ainda que nunca a tenham defendido, agora que foi proposta uma mudança na escola os defensores da “escola pública”, com Mário Nogueira à frente têm soluções para todos os males.

Os defensores da “escola pública” até poderão levar avante a sua chantagem sobre a democracia, impondo a “maioria absoluta” das ruas, mas dificilmente poderão recuperar a credibilidade perdida quando alguns dos seus não hesitaram em aplaudir e elogiar os pirralhos que alguém mandou atirar ovos e tomates aos que são detestados pelos defensores da “escola pública”, ou quando outros que educam os portugueses se referem a governantes por “gajos” e “gajas”.

Talvez seja tempo de dizer a Mário Nogueira e outros auto-intitulados defensores da “escola pública” que a defesa da escola pública cabe a todos os portugueses, aos pais, aos alunos e aos professores, e até aos que não pertencendo a este grupo têm este direito e dever de cidadania. É preciso dizer a estes defensores profissionais da “escola pública” que a defesa desta começa pela sua qualidade e não pelo bem-estar de um grupo profissional.

A defesa de uma escola pública é de todos os cidadãos, até dos muitos que optam por pagar fortunas para colocar os filhos em escolas privadas, assegurando-lhes um ensino com a qualidade que estes defensores oportunistas da “escola pública” nunca defenderam.

Todos os professores estão de acordo com a manutenção da “escola pública” tal como estava? É uma opção deles, mas essa unanimidade não os torna accionistas maioritários da escola pública por isso mesmo, porque a escola é pública e em democracia a coisa pública é gerida pelo Estado, pelo menos enquanto não regressarmos ao corporativismo.

Muitos professores votaram PS e estão desiludidos porque o governo não os tratou como cidadãos de primeira, reservando as medidas difíceis para quem votou nos outros partidos? Então façam como os portugueses que estão descontentes, nas próximas eleições votem no Paulo Portas, na Ferreira Leite, no Louça ou no Jerónimo de Sousa, dêem a maioria absoluta ao partido do Mário Nogueira, vão então ver qual é a maioria que conta, se a dos eleitores ou a do CC do partido, estou certo de que o Jerónimo de Sousa não só voltará a pôr tudo como estava como, ainda por cima, lhes vai instalar uma colónia balnear na praia da Messejana.

daqui: http://www.jumento.blogspot.com/

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PODE-SE MENTIR E CONTINUAR CONSELHEIRO DE ESTADO?

por Pedro Sousa em 26 de Novembro de 2008

em País

Pode um Conselheiro de Estado dizer isto a 03 de Novembro

“Não sei de nada sobre a nacionalização do Banco Português de Negócios, nem nunca tive conhecimento de problemas relacionados com o BPN”

e depois dizer isto a 22 de Novembro

Dias Loureiro assegurou, esta sexta-feira à noite, que, em 2002, teve uma reunião com o vice-governador do Banco de Portugal (BdP) na altura, António Marta, onde alertou o supervisor para a necessidade de ter especial atenção para com o BPN

ENTÃO ONDE ANDA A VERGONHA NA CARA?

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