Abandono Escolar

por Pedro Sousa em 22 de Julho de 2010

em País

TSF

Segundo o Eurostat, o abandono escolar precoce em Portugal era de 46,6 pontos percentuais em 1998, passando para 41,2 em 2003, 38,8 em 2005, 39,1 em 2006, 36,9 em 2007 e 35,4 em 2008. O abandono escolar desceu assim quase 13,7 pontos percentuais em dez anos em Portugal, sendo mesmo a redução mais acentuada em toda a União Europeia.

{ 8 comentários… lê abaixo ouadiciona }

1 inquieto 22 de Julho de 2010 às 23:36

Pudera, Pedro

só falta esperar pelas próximas estatísticas, e

concluir que temos doutores com 15 anos.

não levará muito tempo, por este andar…

Se ouvissem o que o ministério, em surdina diz a quem está por baixo!!

um abraço
inquieto

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2 F Santos 23 de Julho de 2010 às 8:56

Desde que os chumbos foram proibídos, seja por que motivo fôr, e a escolaridade obrigatória passou para 12 anos…

Valha-nos Santa Rita, Pedro….

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3 Pedro Sousa 24 de Julho de 2010 às 20:18

Realmente… obrigar as pessoas a estudar mais, onde é que já se viu. Que vergonha…
E reduzir o abandono escolar, meu Deus….

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4 F Santos 26 de Julho de 2010 às 9:13

Uma coisa que não deves saber: um miúdo, por muitas dificuldades que tenha e por poucos ou nenhuns conhecimentos que adquira num ano na primária, só por razões muito excepcionais e com autorização dos pais pode chumbar. Portanto, não interessa os conhecimentos e competências adquiridas na escola; interessa os números que vão para Bruxelas. É esta a escola que a Ex-ministra idealizou: uma escola de facilitismo, de estatística bonita e de desrespeito pelo professor.

E o que digo é que não é por obrigarem os miúdos a andar na escola que os resultados melhoram. O que interessa ao PS é que os miúdos andem na escola, seja lá qual forem os resultados das suas aprendizagens. Isto em vez de se estimular a aprendizagem com uma revisão dos conteúdos programáticos e do método de ensino, através da formação dos professores.

Sabias que os professores são obrigados a apresentar x horas de formação por ano, mas que essa formação é paga do bolso de cada um?

Estatística, estatística, estatística… é o que interessa a Sócrates e companhia. O que se passa na escola, os resultados reais dos alunos, etc, não interessa. Só os números bonitos que vão para a UE.

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5 luis ferreira da silva 29 de Julho de 2010 às 17:36

Caro F. Santos

Mais uma vez, muito bem dito. (ainda vou ficar seu fã!)

Num País em que a estatistica é a mãe de todas as coisas e o objectivo é “ter numeros” para apresentar, está tudo dito.

Tenho referido em conversas com amigos, repetidamente, que no nosso País se promove exclusivamente uma escola de inclusão, que é importante, com programas e expedientes para ajudar os medíocres, os maus e os péssimos alunos a ser Doutores e esquecem-se completamente de promover, em paralelo, uma escola de excelência que ajude os bons e os óptimos alunos a progredirem e a serem cada vez melhores.
Enquanto tivermos uma escola direcionada para a mediocridade e a ostracizar a excelência seremos, ou melhor, continuaremos a ser, um País de mediocres e de mediocridade.

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6 Pedro Sousa 30 de Julho de 2010 às 20:06

Eu acho curioso este acusar de mediocridade as futuras gerações do alto na nossa superioridade… quem diz que as próximas gerações serão pior que as nossas?
A história demonstra que as gerações estão cada vez melhor preparadas.
Já escrevi aqui que já em 1888 se lia “Resta saber que espécie de homens se estão formando nas famosas escolas leigas, e com o ensino estapafúrdio dos nossos liceus. (…)” ou então “O grande defeito do ensino oficial português está em que os compêndios são maus, os professores piores, e os programas, trasladados das escolas europeias, seriam excelentes por vezes, se não fossem puras hipóteses burocráticas. (…); … os próprios progressos do ensino são uma nova causa de cretinização. (…)”
Fazer futurologia nesta altura parece-me difícil… mas só tempo dirá quem tem razão.
E é também importante referir que a procura da excelência não é só na Escola. Os pais têm também um papel importante na exigência de resultados.

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7 F Santos 2 de Agosto de 2010 às 9:12

Cavaco Silva, Belmiro de Azevedo, entre tantos outros, chumbaram na escola e atingiram a “excelência”, cada qual na sua actividade.
Como se pode passar de ano um aluno que não tem o mínimo de conhecimentos adquiridos? Que exigência é esta?

E sobre os pais: o presidente da CONFAP já veio concordar com a idéia da Ministra, o que me surpreende, porque sendo esse senhor, supostamente, representante dos pais, significa que os pais portugueses se estão pouco borrifando para os resultados escolares dos seus filhos, desde que estes não fiquem retidos e passem sempre.

“E é também importante referir que a procura da excelência não é só na Escola” Se não tiveres uma boa formação, seja ela média, superior ou profissionalizada, explica-me pf como podes competir neste mercado de trabalho selvagem e globalizado que temos hoje em dia? Como achas que se pode atingir a excelência sem bases de conhecimento sólidas e competências adquiridas? Não percebo.

“quem diz que as próximas gerações serão pior que as nossas?
A continuar o facilitismo que se tenta aplicar (inacreditavelmente), poucos duvidarão que, mantendo os actuais programas escolares e não se revendo a orgânica escolar, os miúdos que andam hoje na escola terão menos competências adquiridas que os pais. Porque nada os obriga/estimula a estudar!! Até ao 12º ano vai ser “sempre a abrir”! Estude-se ou não, quer se tenha aprendido alguma coisa ou não, isso não interessa. Depois, quando se entra na faculdade e, pior, no mercado de trabalho, é que são elas.
Mas, em Bruxelas, temos uns números escolares “limpinhos”: zero reprovações e toda a gente com o 12º ano, pelo menos. Maravilha! Que país evoluído e estudioso!
É isto que temos… assim vamos andando, alegremente caminhando para o abismo!

E por aqui me fico, que isto já vai longo e o tema já enjoa… assim como Sócrates e as suas (pseudo)políticas.

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8 Pedro Sousa 2 de Agosto de 2010 às 12:21

Caro F Santos,

Eu ainda não li detalhadamente o que disse a Ministra, pelo que não vou comentar. Apenas digo o seguinte: apenas lendo os títulos, a ideia parece-me disparatada. Para já, só isso. Mas atenção que há países bem avançados, europeus, onde isso acontece (Finlândia, Noruega ou Dinamarca, por exemplo). Portanto, pode não ser tão disparatado quanto isso. Não sei… tenho de ler aprofundadamente. Até porque não me considero, propriamente, mais interessado na educação do país do que a Ministra, portanto se ela lança o debate deverá ter informação que lhe diz que isso pode ser interessante. Ela apenas pretendeu lançar um eventual debate.

É óbvio que a formação é vital e importantissima. Daí, por exemplo, medidas como o aumento da escolaridade obrigatória serem importantíssimas. E eu não escrevi que a exigência em casa é para substituir a da Escola. Deve complementa-la.

O resto é futurologia… não sabemos se irão ser gerações piores ou não. O que sabemos é que as gerações são cada vez melhores do ponto de vista “científico”. Esperemos que no futuro isso aconteça.

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