Corporações

por Pedro Sousa em 22 de Julho de 2010

em País

«Ontem lembrei o abuso das reformas dos administradores do Banco de Portugal: ao fim de um mandato (cinco anos), tinham-na. Campos e Cunha serviu seis anos como vice- -governador, o suficiente para quando chegou a ministro, aos 51 anos, acumular o seu ordenado no Governo com a reforma que já recebia há três anos. O errado não era ele ganhar muito (porque o mérito dele também era muito), era um homem válido receber uma reforma aos 48 anos de idade. Em 2006, o Governo acabou com essas reformas prematuras, que passaram a ser pagas só depois dos 65 anos. Em 2006 também foi fechada a Caixa de Jornalistas – que tinha estes abusos: os implantes dentários e as armações para óculos de marca eram pagos quase na totalidade. Há injustiça minha em equiparar as benesses dos administradores do Banco de Portugal com as dos jornalistas, mas invoco estas porque era abuso pagar armações Armani num país com longas listas de espera nos serviços de oncologia. Foi útil ao País que o dinheiro público deixasse de pagar a reforma prematura de um administrador de banco central e a cremalheira de um jornalista branqueada na clínica do dr. Maló. E quem vir nisto só um elogio ao Governo treslê, porque essas vitórias contra duas diminutas classes também iluminam o falhanço que foi querer (o que já não é mau) mas não saber nem poder (o que é péssimo) pôr na ordem os professores e os magistrados.»


{ 7 comentários… lê abaixo ouadiciona }

1 inquieto 22 de Julho de 2010 às 23:44

Olá mais uma vez!

Pedro não podia estar mais de acordo!

assino por baixo!

mas se assinas, pq realças os feitos?
é que querer fazer muito, e nada deixar feitto, para além de medíocre é um disparate.

olha, uma medida útil, eficaz e imediata:

reduzir entre 10 e 20% os salários dos profs todos, todinhos. vigiar as baixas fraudulentas, e depois dar-lhe condições para trabalhar.

Com vês não é preciso ser ministro para ter sucesso!

era trigo limpo…

alguém dizia recentemente …

os portugueses querem fazer o bolo, comer o bolo, e depois ter o bolo.

acrescento eu, só um tolo!

um abaraço
inquito

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2 joaquim toscano 24 de Julho de 2010 às 23:24

cuidado que o piso é liso e escorregadio
quem não tiver pecado que atire a primeira pedra…
O bode expiatório era morto fora da muralha da grande Jerusalém…
para que a cidade dormisse em paz (sem sentimento de culpa)
porreiro pá.

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3 F Santos 27 de Julho de 2010 às 9:12

Caro Inquieto
“…reduzir entre 10 e 20% os salários dos profs todos, todinhos”

Aceita reduzir o seu salário também?
Sabe quanto ganha um professor (no início da carreira, p ex) e que despesas tem para trabalhar?
Demagogia sua, e barata.

“Em 2007, o vencimento-base de um deputado foi 3631,40 euros. Este ano (2008) é de 3707,65 euros , segundo a secretaria-geral da AR. Um aumento de 77 euros.”
Daqui http://www.inverbis.net/sistemapolitico/deputados-abonos-duplicam-vencimento.html (riam-se com o escândalo)

Se os deputados, com ajudas de custo e todas as “graças” que têm, ganhando à volta de 3700€/mês reduziram os seus vencimentos em apenas 185€/mês (5%), vem o caro Inquieto sugerir que num vencimento de 1000€/mês se reduza 200€/mês.
Mas que grande sentido de justiça, o seu.

“pôr na ordem os professores e os magistrados.” Pôr na ordem????
Pedro, apoias este tipo de linguagem?
Ainda espero (sentado) que o PS ponha “na ordem” este país, depois de o ter posto na m… esterqueira em que o pôs.

E só um sinal de como funciona este governo: uma das benesses da Caixa de Jornalistas é injusta, ninguém discute: o que faz Sócrates? Acaba com a Caixa, em vez de a reformular.
Como fez com as urgências, as maternidades, as escolas, os postos de CTT, etc, etc, etc,etc….
Acabem com a ADSE! Tem os mesmos problemas, ao que ouço, da Caixa de Jornalistas! Ah, mas não pode. Os políticos usufruem dela, esqueci-me. Aí, se calhar, é melhor deixar estar com está, porque os óculos Armani do Teixeira dos Santos estão a precisar de ser trocados (aqueles para ver ao perto, porque ao longe não vê um chavelho). Palhaçada…

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4 joaquim toscano 28 de Julho de 2010 às 23:59

O sr Teixeira nem práqui é chamado…(pelo longo curricullum)
Por na ordem magistrados e profs…médicos, engenheiros,
arquitectos, enfermeiros, psicólogos, advocats, inginheiros, e afins…não procede…
eles já estão na Ordem para poderem,…legalmente exercer…
Este é o País das Maravilhas… qual a sétima???

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5 luis ferreira da silva 29 de Julho de 2010 às 17:27

Caro F. Santos

Muito bem dito.

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6 inquieto 2 de Agosto de 2010 às 10:03

ora vivam!

caro F. Santos,

não posso estar mais de acordo com aquilo que diz.
estou plenamente em sintonia!
mas não percebeu a minha intenção!

e até noto muito bem as comparações que refere!
mas, o que eu defendo com esta minha ideia peregrina é que:

1- deixem de gozar com os professores e deixem a grande maioria, quase totalidade, trabalhar!

2- estou certo que não se importariam de levar mais um pontapé no rabo, mas que, definitivamente, lhes dêm condições nas salas de aula e os deixem fazer a quilo que é suposto fazer!

3- não falo dos professores sem conhecimento de causa…!

4- mas não sou professor!

5- e nem gosto de fazer demagogia

6- mas meu caro amigo, qd uma ministra vem dizer que tendenciamente não podem reprovar mais qualquer aluno, ( o que em muitas situações já se verifica), digo-lhe, como pai, como aluno que já fui, como profissional onde me exigem muito, se isto não é gozar com a minha cara e com a dos professores, então meus caros, passou de demagogia, a falta de respeito, a mentira, a alucinação, e para mim a uma completa e manifesta falta de carácter de quem nos dirige, incompetentes, burros e sem vergonha!!

Não há, no domínio da sensatez e da racionalidade, qualquer argumento a favor!

Não me tomem por lorpa…
mas ao que parece há muitos candidatos!!

um abraço
inquieto

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7 F Santos 3 de Agosto de 2010 às 9:11

Caro Inquieto,

Agora percebi!! :)

De acordo!

Um abraço.

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