MOVIMENTO TODOS PELA 2ª FASE DA VIA ESTRUTURANTE AROUCA – FEIRA

por Pedro Sousa em 15 de Fevereiro de 2010

em Arouca

Eis o comunicado distribuido hoje na apresentação do movimento:

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COMUNICADO
Como é do conhecimento público, recentes decisões do Governo levaram à suspensão do processo de construção da Concessão Vouga, deitando por terra as aspirações de todos os arouquenses quanto à finalização da Variante que é de importância capital para o futuro do concelho.
Confrontados com esta notícia, um grupo de cidadãos dos mais diversos quadrantes políticos, sentiu a necessidade de criar um Movimento que sirva para concentrar a enorme indignação que todos os arouquenses sentem com a decisão tomada.
A execução da 2ª fase da Variante Arouca – Feira permitirá que Arouca deixe o isolamento a que está votada e possa planear um futuro onde a população se sinta bem e onde as empresas possa vir a investir. O que se passa hoje é de uma injustiça sem precedentes, deixando Arouca de fora dos acessos às principais rodovias, limitando a sua expansão social e economica.
Mas este Movimento, apartidário e aberto a todos os que sentem a injustiça desta decisão, resulta também da incredulidade  perante um Primeiro Ministro que veio pessoalmente a Arouca garantir a execução de uma obra, para, nas palavras do próprio, «fazer justiça para convosco e para que os portugueses saibam que não é possível no sec. XXI mantermos as ligações que temos a Arouca, que merece muito mais para se poder desenvolver». Na sua visita ao concelho de Arouca, acompanhado de altos deputados do Partido Socialista, José Sócrates sustentou que o concelho «não tem as mesmas oportunidades que outros, porque foi deixado para trás no investimento público em termos de acessibilidades».
Depois da palavra de um Secretário de Estado e de um Ministro das Obras Públicas ter ficado na gaveta, não podemos aceitar que o compromisso assumido pelo mais alto elemento do Governo seja letra morta. Aceitá-lo será ferir de morte a democracia.
Este Movimento procurará sensibilizar o mais número de pessoas, dentro e fora da política, para a necessidade de exigir ao Governo, ao Primeiro Ministro, ao Ministro das Obras Públicas e aos deputados que os sustentam, que o investimento na conclusão da Variante Arouca – Feira é urgente e é uma questão de coesão territorial.
O investimento na Variante Arouca-Feira é de importância vital para que, passados os tempos difíceis por que navegamos, o concelho esteja preparado para crescer.
O investimento na Variante Arouca-Feira é o cumprimento da palavra do Primeiro Ministro que, muito bem, se referiu a ela como uma questão de justiça.
O investimento na Variante Arouca-Feira é uma gota no enorme oceano que é o Orçamento Geral do Estado que colmatará um esquecimento de quase 20 anos.
O investimento na Variante Arouca-Feira não pode mais ser adiado pois corremos o risco de ver definhar um concelho com um potencial invejável no distrito de Aveiro e na Área Metropolitana do Porto, e que constitui património Geoparque da Unesco.
Os signatários deste movimento não podem assistir indiferentes a esta autêntica fraude a que querem submeter os arouquenses e tudo procurará fazer para que a justiça da reclamação de Arouca seja ouvida e compreendida por todos os que têm o dever de promover um desenvolvimento do território solidário e coeso.
António Jorge
Carlos Costa
Pedro Magalhães
Pedro Sousa
Victor Mendes

{ 24 comentários… lê abaixo ouadiciona }

1 Observador 17 de Fevereiro de 2010 às 11:43

lol

afinal ao que parece o “movimento” tem apenas 5 apoiantes…
aliás, qual dos 3 “movimentos pró-variante” é este? já pensaram em adoptar nomes diferentes para os podermos distinguir melhor?

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2 Pedro Sousa 17 de Fevereiro de 2010 às 13:29

Quais 3 movimentos?

E que 5 apoiantes são esses, caro Observador?

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3 f 17 de Fevereiro de 2010 às 14:14

Ser um movimento supra partidário e ter um membro diferente de cada partido é bonito. Vamos fazer coisas bonitas como diria Artur Jorge.

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4 Observador 17 de Fevereiro de 2010 às 16:41

Coincidências caro f, meras coincidências…

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5 João Carlos Valente da Siva 18 de Fevereiro de 2010 às 3:57

Este observador deve ter problemas de visão… Vê a triplicar movimentos quando só há um de conhecimento público…
Os Ressabiados não vão a lado nenhum, essas pseudo elites representadas pelo miope, desculpem o “Observador” já fazem parte da História de Arouca. Estão muito bem morto, e para o bem de Arouca que se desenvolveu mais em 4 anos do que em mais de duas décadas dos laranjinhas…
Já me parece aquele fulano recém licenciado, na altura, que ficou no desemprego porque o seu partido perdeu a Câmara, lá teve de abrir o seu escritóriozito e fazer-se à vida.

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6 Observador 18 de Fevereiro de 2010 às 10:21

Pedro, vou-te explicar como se tivesses 5 anos:

Parece que tem 5 apoiantes pois apenas esses assinam o comunicado com as suas “reinvindicações”.

Quanto ao que o f diz tem toda a razão, o Carnaval já passou podem tirar a máscara.

Vou explicar novamente como se toda a gente tivesse 5 anos:

O Pedro Magalhães representa o CDS.
O Pedro Sousa representa o PS.
O Carlos Costa representa a UPA.
O Victor Mendes representa o PSD (será mesmo?) ou então o DD. (estou confuso)
O António Jorge representa-se a ele próprio (ou os seus 10 votos em Arouca).

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7 Pedro Sousa 18 de Fevereiro de 2010 às 14:43

Caro,

Apesar dos laivos de má educação do seu comentário, vou deixá-lo por cá senão ainda me acusam de ter um lápis azul.

Os 5 apoiantes merece-me um lol, dada o argumento

O resto é a confirmação de que o movimento não tem conotação com qualquer partido em particular. Isso é suposto ser bom, ou não?

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8 Carlos Pinto 18 de Fevereiro de 2010 às 12:23

Sei que o presidente da camara tambem ja esta a fazer convites para um movimento difierente deste que se chamará comissão pela defesa da variante.
Não sei se voces se tentaram antecipar ao presidente da camara, mas pela representatividade que tem se calhar era melhor cederem e integrarem o movimento do presidente que estara mais forte e sera mais reconhecido.
Alerto para que na praca publica voces estao a ser apelidados de oportunistas e que so criaram este movimento para ganharem protagonismo. Não sei se assim foi mas força para voces e deixeim entrar mais pessoas porque levam algumas boas, mas tambem tem alguns nojentos que ninguem grama.
Tehma juizo e portem-se bem!

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9 Pedro Sousa 18 de Fevereiro de 2010 às 14:35

Caro Carlos,

Neste movimento há tudo menos protagonismo. O objectivo é claro.

O movimento de cidadãos nada tem a ver com o que os representantes políticos devem fazer. A movimentação cívica não substitui nem pode ser substituída pela movimentação política. Além disso, o Movimento Todos pela 2ª Fase da Via Estruturante Arouca – Feira partilha os seus objectivos com o Presidente da Câmara.
Todos são bem vindos, porque a nossa força também advém da quantidade. Mas não somos ingénuos… a movimentação dos órgãos políticos, sejam eles quais forem, têm o papel principal.

Coloco aqui até o último comentário do Pedro Magalhães no mural do movimento:
“Será muito importante aqui referir, pelo conhecimento que tenho, do empenho de todos os arouquenses na resolução deste problema. Sei que o nosso Presidente de Câmara, as estrutural locais do PS, do CDS e do PSD têm feito tudo para que a palavra do Sr. Primeiro Ministro se torne realidade. É importante destacar também o empenho do André Almeida na última legislatura em que era deputado, dos Deputados e do Lider do CDS, Paulo Portas e dos deputados do PSD Aveiro. Só com união é que começam a aparecer alguns sinais que indicam que o desfecho pode ser positivo.”

É natural que, sempre que surge algo como isto, existem sempre os que fazem filmes e procuram fazer leituras que nada têm a ver com o cerne da questão. No nosso caso, é só um: congregar a insatisfação de todos os arouquenses com o desfecho que se adivinha(va) para a Variante.

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10 José Cerca 18 de Fevereiro de 2010 às 13:12

Lutar por aquilo a que temos direito e que publicamente nos foi garantido é, não só uma urgente necessidade, como um dever de todos os arouquenses, independentemente das suas opções politico-partidárias. Ler mais aqui:
http://www.bit.ly/a0dhcT

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11 A. J. Brandão de Pinho 18 de Fevereiro de 2010 às 13:25

Caro “Observador”,

Que lindo serviço prestas a Arouca e tão elevada consideração te mereçem conterrâneos teus. Já para não falar no péssimo serviço que prestas ao teu partido. Sim, porque o anónimato nestes fóruns já é uma caracteristica de pessoas que militam num determinado partido. Não tivesse já caído a mascara a muitos deles e não se identificasse a mesma linha de orientação…
Tentar diminuir os outros ao abrigo de anónimato não é a melhor estratégia, porque, chegados à prática e ao terreno pode traduzir-se na maior das frustrações. E esta deve ser recorrente em ti.
Quanto a mim, meu caro, não vivo qualquer frustração, nem pessoal, nem profissional, nem política. Sabes disso! Vivo sim, na tristeza de existirem conterrâneos meus com tanta falta de caractér e frontalidade, sempre à procura de argumento para tentar diminuir e/ou enxovalhar as pessoas, nomeadamente aquelas que, apesar de tudo, muito gostam de Arouca e, normalmente, não dizem que não a defender os interesses da sua terra natal e/ou apoiar quem o faz, sem se preocupar com qualquer filiação partidária. De resto, talvez se justifiquem na filiação partidária as tuas palas e de muita gente pequenina que por aí anda de cabeça baixa, mas vem aqui pôr-se em bicos-de-pés.
Para que serve este teu exercício? Que proveito se poderá retirar do acessório e da propositada confusão que fazes das coisas? Será apenas para incomodar as pessoas? Pobre “coitado” se acreditas mesmo nisso!
Quanto ao mais, que valor terá quem se preocupa com quem diz não ter valor algum? Não acredito exista alguém tão insignificante e pequenino na minha terra.

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12 Observador 18 de Fevereiro de 2010 às 14:32

um provérbio para o meu estado de espiríto neste momento: “entra por um ouvido e sai por outro”.

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13 F Santos 18 de Fevereiro de 2010 às 15:04

Caro João Carlos Valente da Silva

O Presidente da Câmara é socialista há 15 anos. Não me venha com estórias de que a Variante não andou por causa dos “laranjinhas”, ou que se desnvolveu mais em 4 anos que em décadas de PSD no executivo. É irrelevante. A variante não andou por manifesta incompetência do PS, que nos últimos 15 anos (com um intervalo de 2 anos) esteve também sempre no governo.
E o país, como a variante, está o que está, devido a este pseudo-socialismo.

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14 A. J. Brandão de Pinho 18 de Fevereiro de 2010 às 16:28

Meus Caros,

Se não fosse “arrastado” pelo Pedro Magalhães para este Movimento, como, de resto, todos os demais, que não olharam a qualquer filiação partidária, mas, sim ao que verdadeiramente está em causa, talvez até se justificasse ler neste Movimento uma forma de procurar protagonismo.
Porém, infelizmente, há pessoas que mesmo não acreditando naquilo que dizem, dizem o que mais lhe interessa. Talvez, quem sabe, com inveja de que os primeiros, de facto, consigam algum protagonismo. É pena que assim seja.
Pedro Magalhães, Pedro Sousa, Carlos Costa e Victor Mendes, também eles conscientes à partida de que esta leitura maliciosa poderia ser feita, merecem toda a minha solidariedade nesta iniciativa. E se qualquer um deles, mais tarde, tiver nesta iniciativa uma razão para maior protagonismo, será porque esta foi bem sucedida e, a final, será Arouca e os Arouquenses que ganharão com isso. Não tenho inveja alguma daqueles que singrem por defender os interesses da minha terra. Mas, tenho muita pena das pessoas que procuram singrar, procurando diminuir e/ou enxovalhar conterrâneos seus.
Quanto ao Presidente da Câmara estar a desenvolver esforços e, eventualmente, a patrocinar uma plataforma idêntica para se bater pelos mesmos propósitos, não vejo qualquer problema. De resto, terá todo o meu apoio e solidariedade, como tem tido e continua a merecer da minha parte, dado que ainda não o vi fazer nada contra o avanço desta obra. Muito pelo contrário!

Surjam mais e por todos os lados, com mais apoio e melhores estratégias. Não tenho inveja alguma!

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15 João Carlos Valente da Siva 18 de Fevereiro de 2010 às 21:47

Cara F. Santos:
As eleições de Outubro foram muito claras relativamente à credibilidade do laranjal. Dois veredores e menos de 20% dos votos.
As sondagens a nivel nacional também são muito claras, dizem que o PS esta mal, mas mesmo assim tem uma diferença de 10% do PSD que neste andar ainda é engolido pelos pequenitos. Seria relevante pegar nas manchetes que acabaram com o laranjal em terras de Santa Mafalda. De tantas laranjas atirarem até que deixaram de se múltiplicar e correm em direcção à extinção.

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16 F Santos 18 de Fevereiro de 2010 às 23:10

Caro João Carlos Valente da Silva

Quanto aos resultados do PSD, já muito foi dito, e eu como militante assumido subscrevo que o PSD não está em condições de governar!
O que me espanta é que o meu caro amigo sobre o facto do PS estar na câmara e no governo há 15 (por extenso, quinze) anos!!! não ser capaz de tirar o país da mer… o sr não diz nada! Nem uma palavra! Porque à falta de argumentos, já sabemos, ataca-se o PSD! O meu amigo não acrescentou nada de novo ao que se vai lendo por aqui, ou anda distraído?
O que tem a dizer sobre os 560 mil desempregados em Portugal? E sobre o deficit de 10%? E sobre a maior dívida externa de Portugal de sempre? É culpa do PSD? Segundo as suas palavras, claro! Não fosse o PSD governo desde há 15 anos!
Em Arouca, como a nível nacional, o PSD perdeu porque os candidatos eram fracos, como já aqui escrevi, em abono da coerência, muitas vezes. O que não invalida que eu critique o PS pelos abomináveis 15 anos de pobreza que acrescentou a este país. É um facto que os dados oficiais comprovam e que nem o sr João Carlos, nem Sócrates, nem o computador Magalhães, nem ninguém conseguem desmentir.
Vir dizer que isto é culpa do PSD é falta de coragem de admitir o fracasso e falta de vergonha na cara, agravada por termos sido todos enganados em directo pelo PM na questão da variante. Tenho dito.

Caro A J Brandão de Pinho
Subscrevo 90% do que disse. No entanto, e solidarizando-me de novo com este movimento, convenhamos que nada disto seria necessário se os governos camarário e nacional não fossem incompetentes. Esta é a única questão partidária que levanto.
Tomara que José Neves e Sócrates fiquem com os louros de acabarem a variante. Eu seria dos primeiros a felicitá-los, a seguir ao apogeu de glória do P Sousa por essa efeméride.

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17 A. J. Brandão de Pinho 19 de Fevereiro de 2010 às 13:56

Caro “F. Santos”,

Nesta matéria, exclusivamente nesta matéria, em que dados se baseia para aferir a incompetência da Câmara Municipal ou do seu presidente?
É que se não tivermos ou não quisermos ter a capacidade de separar as coisas e criar a confusão constantemente, começamos a fazer um caminho que não interessa a ninguém.

Cumprimentos,

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18 F Santos 19 de Fevereiro de 2010 às 17:51

Caro “A.J. Brandão de Pinho”

Eu não tenho receio das palavras. Inconpetência é incompetência e mentira é mentira. Podemos dar voltas e voltas que o sentido das palavras não se muda.
Se o meu caro “AJ Brandão de Pinho” que julgo ser advogado, promete uma coisa ao seu cliente e depois não cumpre, ou é mentiroso ou incompetente. Eu, que sou comercial, se prometo algo ao meu cliente e não cumpro, ou sou mentiroso ou incompetente. Concorda? Há volta a dar? Não. Portanto, se nos foi prometida uma variante por este executivo camarário e pelo Exmo Primeiro-Ministro em directo, a cores e com a pompa e circunstância que todos conhecemos e agora não há variante para ninguém, a força das palavras e a frontalidade levam-me a dizer: ou são mentirosos ou incompetentes.
Mentirosos se prometeram algo que, eventualmente, sabiam que não podiam cumprir; incompetentes se prometeram algo que não conseguem, digo eu concretizar.
Pode dizer-se que houve condicionalismos e mais não sei quê… mas se assim tivesse sido, não se devia ter dado aquele espectáculo à frente do convento: anunciavam a conclusão da Variante quando estivesse tudo preto no branco. Ninguém saía fragilizado. E não havia manifestações públicas de mentira e incompetência. Concorda?

E, honestamente, é leviano dizer que eu estou a criar confusão constantemente. Fui eu que criei esta confusão? Sabe que não. E sabe também que por muito que gostemos do presidente da Câmara há responsabilidades políticas por assumir e consequências por tirar neste caso.
E que coisas há para separar? Sem brincadeira, não percebi.
Cumprimentos

Responder

19 A. J. Brandão de Pinho 19 de Fevereiro de 2010 às 20:24

Caro “F Santos”,

Não veja qualquer desrespeito ou falta de consideração no facto de colocar as aspas no nome. Faço-o, porque não convencido de se tratar do seu verdadeiro nome, julgo salvaguardar melhor esta sua qualidade. Quanto a mim, sabe perfeitamente que o nome que há alguns anos a esta parte uso escrever abreviadamente A. J. Brandão de Pinho, significa António Jorge Brandão de Pinho e tem um rosto que bem conhece. Pelo que julgo não haver necessidade das aspas. Meros preciosismos!

Depois, desculpar-me-á, prometer e não cumprir, não é mentir. É faltar com o prometido, sendo que este pode derivar de várias razões. Mentir é dizer uma coisa como verdade estando consciente de que é mentira. Enganar. Ser mentiroso não é o mesmo que ser incompetente.
Na situação em apreço, e em relação a Artur Neves, julgo que nem uma nem outra encontram fundamento.

Sinceramente, estou convencido que, tanto Artur Neves ao comprometer-se com o avanço da obra (com base no que com ele se comprometiam), como até José Sócrates quando afirmou ser de justiça para com Arouca avançar com a mesma, não o estavam a afirmar conscientes de que não o iriam cumprir. Estou convencido que o primeiro o quer e que o segundo não se importava de o concretizar. Mas, se assim não era, ainda bem que assim foi!
Principalmente, para Artur Neves, seria sentenciar-se a muito curto prazo e isto sim de alguma inabilidade. Não é o que o comportamento de então e de agora, permitem aferir. Vejo Artur Neves tão frustrado como a maioria dos arouquenses por esta decisão do Governo e, a bater-se agora tanto ou mais do que se bateu no passado.

Quanto ao mais, apenas pretendia analisar uma eventual INCOMPETÊNCIA do «governo camarário», exclusivamente no que diz respeito a este processo da Via Estruturante. E fi-lo por duas razões:
A primeira é porque há mais vida no município para além da Via Estruturante e não pretendo, desde já, passar um atestado ao nosso presidente. Pretendo que ele seja o mais competente e capaz de todos, porque quero que ele faça muito mais e melhor pelo nosso concelho.
Depois, como tenho vindo a defender, julgo que Artur Neves não poderia ter feito mais do que aquilo que fez para conseguir a 2.ª Fase da ligação Arouca/Feira. Que mais se poderia fazer neste processo do que conseguir o comprometimento de José Sócrates?
De resto, faz-me alguma espécie, a ideia que se vai passando de que foi um erro a promessa de Artur Neves, com base no comprometimento do Ministro das Obras Públicas primeiro, do Secretário de Estado da Pasta depois e de José Sócrates a final. Acho exactamente o contrário e causa-me alguma confusão que, nomeadamente, algumas pessoas que pensam exactamente como o meu Caro Amigo, assim não achem.
Repare! Por ter bem presente que Artur Neves se comprometeu bater-se pela Via Estruturante, mas, mais do que isso, ter bem presente o comprometimento de José Sócrates na tal manhã de Domingo em Arouca, sinto-me mais à vontade para exigir de um e outro. É com base nisto que exijo ao primeiro que continue a bater-se pela Via Estruturante (sendo certo que não posso exigir que a faça) e ao segundo que cumpra com o prometido e, de resto, levado ao papel pelo seu próprio Governo.
Se assim não tivesse sido, e não se tivesse dado aquele espectáculo à frente do convento (que, de resto, todos os partidos fazem de há muitos anos a esta parte) anunciando apenas a conclusão da Variante quando estivesse tudo preto no branco, como defende o meu Caro Amigo, talvez agora nos escasseassem os argumentos e não houvesse sequer a possibilidade de milindrar o Primeiro-Ministro com o epíteto de Mentiroso. Não acha?
Gostava de agora ter por resposta: “Não cumpro ou não faço, porque não prometi!” Era isto que interessava a Arouca? Julgo que não! Nem tão pouco as desculpas da crise servem agora, porque a crise já leva algum tempo e os comprometimentos que agora tanto nos interessam e valem, aconteceram já na constância da crise.

Quanto ao mais meu Caro, vejo tanta normalidade e utilidade neste comprometimento de Artur Neves, como vi há uns anos na PROMESSA, aí sim com estas letras, de se trazer um Pólo da Vicaima para Arouca e garantir centenas de empregos aos arouquenses, como fez a lista do PSD (que integrei) à Câmara Municipal. Gosto de quem promete e se compromete, porque fico mais à vontade para exigir e aqueles com mais obrigação de se esforçar e conseguir.

Cumprimentos,

Responder

20 Norberto Castro 19 de Fevereiro de 2010 às 21:16

Caros amigos e conterrâneos,
Desculpem a interrupção à saudável troca de argumentos, apenas para dizer que:
Eu quero é a porra da estrada feita.
Agora quem a faz, quem a prometeu, de quem é a culpa, isso nesta altura é secundário.
Para quem, como eu, faz todos os dias Escariz-Arouca, a estrada é importantíssima, e por isso, apoio esta e qualquer outra iniciativa , pela sua construção.
Tenho dito.

Responder

21 F Santos 19 de Fevereiro de 2010 às 22:40

Caro AJ Brandão de Pinho
Não levei a mal, com se diz, ter colocado o meu nome entre aspas. Mas é verdadeiro: é Fernando Santos, e julgo também me conhecer pelo menos de vista. Aliás tive uma “discussão” engraçada com o Prof Cerca e o Norberto Castro pelo mesmo motivo num outro tópico deste blog. Deixo-lhe o endereço http://fjabreusantos.hi5.com para juntar a cara com a careta.

Sobre o que escreveu:
“prometer e não cumprir, não é mentir”. Pois, em política não sei o que é mais grave, ainda por cima em ano de eleições para ambos os principais intervenientes nesta questão;
“Não cumpro ou não faço, porque não prometi!” Caro, às vezes, concordará comigo, a prudência é amiga da perfeição. Anunciar aos 4 ventos uma obra porque todos ansiamos e depois fazer este número é grave, e se não quiser que use os termos mentiroso e incompetente, uso desonesto para com um concelho inteiro;
“Se assim não tivesse sido, e não se tivesse dado aquele espectáculo à frente do convento (que, de resto, todos os partidos fazem de há muitos anos a esta parte) anunciando apenas a conclusão da Variante quando estivesse tudo preto no branco, como defende o meu Caro Amigo, talvez agora nos escasseassem os argumentos e não houvesse sequer a possibilidade de milindrar o Primeiro-Ministro com o epíteto de Mentiroso. Não acha?” Claro que acho! Inteiramente de acordo! O que não percebo é como é que alguém, pela primeira e se calhar última vez que veio a Arouca, nos veio enganar. Caro, consigo fazer-me entender? Sócrates veio a Arouca fazer o quê senão enganar-nos a todos? Nada!
Quanto ao facto de a variante não ser o único factor de avaliação de Artur Neves: de acordo, aliás não voto em Arouca mas se votasse, mesmo sendo militante do PSD era em Neves que votaria, por vários motivos que agora não interessam. Aliás, como aconteceu com muitos militantes assumidos do PSD em Arouca. O que não se pode esquecer é que Artur Neves chamou a esta a “mãe de todas as obras”. E usou-a, intencionalmente ou não, como argumento eleitoral. O facto de se ter dado à figura que deu naquele domingo e, pior, ter visto a obra revogada pouco depois, obriga-o/nos a pensar que um pouco de moderação nessa altura não teria ficado mal. É que agora, politicamente, ficou fragilizado. Aliás, Neves é inteligente, devia saber que não se pode confiar em Sócrates (ironia minha… ou não).
“Nem tão pouco as desculpas da crise servem agora” Caro, qual foi o argumento usado para adiar a concessão Vouga? A sério, não sei. Mas se não foi a crise, foi qual?

De resto, estou mais ou menos de acordo contigo. Posso pensar se concordo que é politicamente aceitável que se prometa e não cumpra, ficando o argumento reenvidicativo do lado de quem ouviu a promessa. A mim parece-me sempre mais sensato dizer-se a verdade. Ainda mais, como já disse, num ano de eleições. Soou, e visto a esta distância, a show-off eleitoralista barato. O que me revolta ao ponto de classificar de mentirosos quem, manifesta ou inadvertidamente, deu para este peditório triste.

Já estou como o Norberto Castro: Eu quero é a porra da estrada feita.

Cumprimentos
E assim é que a gente se entende…

Responder

22 A. J. Brandão de Pinho 19 de Fevereiro de 2010 às 23:38

Caro F. Santos,
Recordo agora que, há uns tempos, já tinha associado o nome à cara. Talvez no Arouca.biz. Reitero não ter havido qualquer falta de respeito ou consideração.
Quanto ao mais, está tudo dito. O que mais importa é a Estrada e oxalá não se desmotivem aqueles que podem fazer alguma coisa por ela.

Caro Norberto Castro,
Por acaso, um destes dias, ao ler um comentário de Matos Rodrigues (no blog do Prof. Cerca) em que “defende” não ser a Estrada a solução para o Desenvolvimento de Arouca, muito pelo contrário, apeteceu-me concordar com ele e sustentar, para amainar o radicalismo do discurso, a qualidade de vida dos arouquenses como razão suficiente e mais do que legítima para reclamar uma ligação condigna ao litoral. Porque, de facto, antes de qualquer outra coisa, até do Desenvolvimento, importa garantir mais qualidade de vida a quem tem que fazer as estradas do nosso concelho todos os dias.
E neste particular, mais amplo, das rodovias do nosso concelho, se defendo o presidente da Câmara Municipal relativamente à Via Estruturante, estou já no lado oposto quanto à intervenção que está ser realizada na EN224. Uma oportunidade perdida!

Cumprimentos,

Responder

23 Norberto Castro 20 de Fevereiro de 2010 às 12:41

Caro A. J. Brandão de Pinho,

Estamos de acordo… na essência.
Mas não podemos separar as coisas como sendo distintas, até porque elas se complementam. Ou seja, a construção da estrada vai implicar um aumento da qualidade de vida dos Arouquenses, e tudo o que vem sendo feito pelo aumento da qualidade de vida dos Arouquenses, só se completa com a construção da estrada.

Estranhas formas de chegar-mos ao mesmo sitio, mas neste caso terá sempre de ser por estrada.

Responder

24 f 20 de Fevereiro de 2010 às 23:26

Ya, façam lá a porra da estrada para a gente ir ganhar dinheirinho fora de Arouca que Arouca, já não tem nada para dar.

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