PSD DESAPARECERÁ?*

por Pedro Sousa em 27 de Outubro de 2009

em País

João Pinto e Castro deixou a sugestão óbvia: acabar de uma vez por todas com o PSD. Pelo menos, haveria alguma nobreza nessa higiene. Mas tal não vai acontecer, claro, porque aquela rapaziada é alérgica à autocrítica, por um lado, e dada à mania das grandezas, pelo outro. Isso gera as aberrações que temos visto, e que continuam a piorar no diagnóstico e no prognóstico. Neste momento, já nem o reservista Marcelo é capaz de salvar um partido muito mal frequentado e onde terceiras e quartas figuras se vão aproximando, em frenesim de cobiça, do trono vazio.

Olhe-se para esta juliana: Cavaco, Dias Loureiro, Oliveira Costa, Jardim, Barroso, Santana, Ferreira Leite, Deus Pinheiro, Menezes, Paulo Rangel, Aguiar-Branco, Sarmento, Catroga, Arlindo Cunha, Amílcar Theias, Cadilhe, Negrão, Arnaut, Paulo Mota Pinto, Macário Correia, Mendes Bota, Gomes da Silva, Pacheco Pereira, Valentim Loureiro, Isaltino Morais. Faltam aqui muitos outros nomes, claro, mas chegam estes para fazer a pergunta: que lhes deve Portugal? É que estes passarões da política, da finança, dos negócios e da comunicação social representam os últimos 25 anos do PSD. E o cheiro que tresanda dos seus percursos profissionais e/ou intervenções políticas é nauseabundo.

Depois temos os jovens e os outros. Os jovens como Pedro Duarte, que se reclamou vítima de invasão da sua conta de Twitter só para não ter de assumir que tinha um talento especial para detectar mulheres com falta de homem. Ou os jovens como José Eduardo Martins, que em plena Assembleia manda outro deputado para o cara** e lhe oferece porrada, nunca lhe tendo pedido desculpa e passando a exibir vaidoso o novo estatuto de rufia. Eles são um exemplo acabado da cultura de taberna e bordel que faz o encanto dos bastidores do PSD. E temos também os outros, o tecido sociológico de apoio, aqueles que corporizaram no Jamais uma confrangedora reunião de ódio e indigência politica e intelectual. Todos eles alinharam sem um pingo de vergonha nas campanhas de difamação contra Sócrates e Governo, ao mesmo tempo que proclamavam possuir a Verdade. Agora, andam a bicar-se espasmodicamente até que chegue a ração, galinhas tontas que sempre o foram.

Já só falta fechar a porta e mandar fora a chave. Portugal não precisa de vocês, precisa é do espaço que ocupam e dos recursos que abarbatam.

via aspirinab.com (*o título é meu, porque o original era pouco higiénico)

{ 15 comentários… lê abaixo ouadiciona }

1 F Santos 27 de Outubro de 2009 às 14:52

A literatura que andas a ler é democraticamente asfixiante…

E depois não te queixes se te chamarem fundamentalista…

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2 Azevedo 27 de Outubro de 2009 às 21:27

Este texto é vergonhoso e fica bem à falta de ética e espírito democrático desta esquerda de interesses. Também não é surpresa quando se tem um líder que tira um curso ao fim de semana…

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3 José Ferreira 28 de Outubro de 2009 às 0:25

Este Pedro, já parece o F.C. Porto e os portistas! Gastam mais tempo a falar mal do Benfica que a apoiar o clube deles! ahahahahaha!!!
O PSD realmente incomoda-o, disso não tenho dúvida. E não estou a dizer que o PS está pior porque não está. Está mais coeso, apresenta alternativas, é arrojado, coloca pessoal jovem nas linhas da frente, e enfrenta um Governo minoritário de peito aberto.
Ok Pedro, aqui está uma hipótese de te redimires. Faz Copy-Paste deste último parágrafo que escrevi. Só te peço que adiciones o título: “O meu primeiro post sem ser falar mal do PSD” ;-)

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4 Pedro Sousa 28 de Outubro de 2009 às 9:53

Caro José Ferreira,

Não vale insultar… podem-me chamar tudo agora parecido com os portistas é que não :D

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5 Manuel Pacheco 28 de Outubro de 2009 às 19:36

Gato por lebre
Na minha juventude gostava de ir a espectáculos de variedades e realizaram-se alguns ao ar livre, organizados por comissões de festas para angariações de fundos a favor das mesmas. Aos muitos a que assisti tive oportunidade de ver cantores que estavam em voga nessa época, caso de Amália Rodrigues, Paco Bandeira, Sérgio Godinho, GNR, UHF e tantos outros. Antes de estes actuarem havia os grupos de suporte que entretinham os espectadores. Num espectáculo e depois do grupo de suporte estar há muito tempo a actuar não se vislumbrava a hora do cabeça de cartaz entrar em cena. Houve um alarido e bastantes protestos até que a organização (comissão de festas) na pessoa do seu presidente resolveu dar a cara – os outros festeiros não a deram, remeteram-se ao silêncio outros abandonaram o barco – disse que tinham sido enganados pelo empresário do cabeça de cartaz. Exigimos o nosso dinheiro mas foi-nos dito que tinham que pagar ao grupo de suporte e o dinheiro não chegava para tudo. A maioria concordou sem contudo avisar que não nos voltasse a servir gato por lebre.
Este intróito vem a propósito do que acontece com os denominados cabeças de cartaz do PSD que, não passam de grupos de suporte para entreter a malta. Foi com Durão Barroso, Santana Lopes, Marques Mendes, Filipe Menezes e agora com Manuela Ferreira Leite. Eles bem dizem que acreditam no seu cabeça de cartaz (presidente) para a pacificação dos seus militantes. Acontece que todos fogem e mesmo os grupos de suporte dizem que não tem condições de ir para o rinque, pois o combate é desleal e não estão para levar mais porrada. Só me admiro que não exijam o que lhes foi prometido, a verdade e só a verdade, que iam alcançar o paraíso e deram-lhe o inferno. Deviam exigir o seu cabeça de cartaz, que já não suportam tantos grupos de suporte. Espero que não se digladiem e que tenham pena da sua presidente, como nós tivemos.
Mas como disse quem quer vender gato por lebre, sujeita-se ao que as suas bases decidem e que para bem do País, desta vez brindem com um bom cabeça de cartaz, que fartos de grupos de suporte devem estar os militantes do PSD.

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6 F Santos 28 de Outubro de 2009 às 22:15

Caro Manuel Pacheco,

“Espero que não se digladiem e que tenham pena da sua presidente, como nós tivemos.”

Pena?? Como nós tivemos? Vós, quem?

É que à falta de assunto sobre o PS e do seu governo, à falta de caras no novo executivo que empolguem o povo, e pior, ao pio fininho a que Sócrates vai ter se habituar (o que levará à queda do governo mais depressa do que pensamos, porque ele não vai cader à oposição, tal é a teimosia e casmorrice), os prezados socialistas falam… do PSD! É mesmo um grande partido. Justiça ao José Ferreira, a sua comparação aos adeptos do FCP não podia vir mais a propósito.

Eu sei que nem todos podem ser PSD, porque os ideais que o regem são demasiado liberais para quem é assalariado. O PS é mais cómodo para esses. Mas o mais engraçado é ver caras da nossa praça que usam e abusam do liberalismo e dos seus podres mas depois dizem-se socialistas!!! Isso é que me espanta. Cunhas atrás de cunhas, favorzinhos atrás de favorzinhos, mas são muito socialistas. Desculpem a minha exaltação.

Diz-se que os sportinguistas são como as melancias: verdes por fora mas vermelhos por dentro. Os socialistas são, por analogia, a mesma coisa: dizem-se de esquerda, defensores do proletariado, mais umas tantas barbaridades, mas sempre que são governo colam-se ao que faz o PSD, porque não sabem governar doutra forma! Não sabem nem podem, porque senão isto ía ao charco mais depressa do que está a ir.

A diferença é que o PSD perde eleições porque diz o que vai fazer. O PS ganha eleições porque diz que vai fazer o contrário do PSD e depois, como nos últimos 4 anos, andamos todos a ser enganados. Brincadeira.

C’est la vie….

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7 Pedro Sousa 29 de Outubro de 2009 às 10:08

Caro F Santos,

Mais um momento Monty Python… dizer que o PS executa politicas do PSD é uma excelente piada, mas costuma ser contada na Festa do Avante.

É óbvio que sendo PS e PSD partidos que se encontram, nalgumas áreas, “ao centro” terão pontos comuns. Mas a diferença é abismal e, curiosamente, essas diferenças ficaram bem expressas na última campanha eleitoral.

Além disso, a praxis politica do PS é enormemente diferente.

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8 Manuel Pacheco 29 de Outubro de 2009 às 1:37

À procura de um ídolo
Fonte fidedigna informou-me que a SIC vai mudar o figurino de (à procura de um ídolo) para à procura de um candidato para suceder a Manuela Ferreira Leite. Quem se julgar com capacidades pode-se inscrever bastando a sua direcção, quanto a ser militante, no próprio dia a direcção do PSD vai pôr à disposição dos interessados impressos próprios para esse fim. Não se responsabiliza pelos preços, avisando que podem sofrer várias alterações, depende da procura e do local que for adquirido – se for na concelhia de Lisboa, não aceitamos reclamações. Mais se informa que os candidatos têm de ser de maior idade, não estarem relacionados com o BPN, SLN, Citygroup e Palácio de Belém. À hora se não se encontrar número suficiente de candidatos dá-se um intervalo de trinta minutos, se mesmo assim persistir, começa-se com qualquer número – este reparo deve-se ao facto de haver falta de talentos e de concorrentes de boa vontade para tal cargo.
O júri não pode fazer ironias com os concorrentes, limitando-se à sua isenção, deixando a gozação para quando forem eleitos – pode fazer ironia a população em geral, jornais independentes como o Correio da Manhã, Sol, Público e seus estimados directores e alguns politólogos.
PS – Espera-se o maior número de concorrentes porque o momento e a hora assim o exige, não deixem finar o PSD. A bem da Nação.

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9 F Santos 29 de Outubro de 2009 às 13:56

Não retiro uma vírgula ao que disse, aliás os factos comprovam-no.

E, para encerrar a minha intervenção, desculpa, mas Monty Python é a literatura online que andas a ler. Há certas coisas que deixam de ser opinião e passam a ser má educação, como é o caso do texto que publicaste.

De facto a praxis política do PS é diferente: é que, para além da famosa asfixia democrática, não houves ninguém do PSD usar expressões como “…cheiro que tresanda dos seus percursos profissionais e/ou intervenções políticas é nauseabundo” ou “…são um exemplo acabado da cultura de taberna e bordel que faz o encanto dos bastidores do PSD”, p ex. De facto a boa educação destingue-nos. Nem o caso Freeport ou os “corninhos” do Manuel Pinho tiveram este tratamento tão asqueroso.

Só tenho pena de concluir que alimentas a tua forma de estar na política lendo textos com este nível de linguagem. Tu lá sabes.

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10 F Santos 29 de Outubro de 2009 às 14:00

Só para reforçar: o que é isto?
“Agora, andam a bicar-se espasmodicamente até que chegue a ração, galinhas tontas que sempre o foram”

……….

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11 Pedro Sousa 31 de Outubro de 2009 às 3:27

Caro F Santos,

Não sejamos tão púdicos… as minhas leituras são diversas (incluem, por exemplo, o Jamais, o Abrupto ou o blog do Paulo Guinote). O texto não é para ler à letra.

Recordo-te, por exemplo, Eça de Queiroz “Os politicos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”. E Eça era deputado.

Não sejamos tão melindrosos

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12 Azevedo 1 de Novembro de 2009 às 11:41

… e lá está mais um digno representante da ” nomenklatura” socialista: Armando Vara. Um exemplo paradigmático de como o Estado, apesar de para alguns ser todo o mal, é vampirizado pelos aparelhos partidários explorando os restantes cidadãos da República. Uma vergonhosa falta de ética e que envergonha a democracia.

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13 F Santos 1 de Novembro de 2009 às 22:36

Pedro,

certo que posso não ter estado atento, mas não me lembro de te ver publicar cá qualquer referência pro bono do PSD. Não que o esperasse. Mas este texto não é PPP… é baixesa, má educação e fanatismo num só.

Lê e publica o que quiseres, não é isso que está em causa. Permiti-me apenas deixar o alerta para que não te manifestes a favor desta literatura, porque não é o teu género. Ao publicá-lo, concordas com o conteúdo, a não ser que o refecenciasses o contrário.
Nem mesmo quando andas mais desesperado, politicamente falando como é óbvio, te vi compactuar com estes palavreados. Mas siga a caravana.

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14 F Santos 1 de Novembro de 2009 às 22:43

Caro Manuel Pacheco
“Mais se informa que os candidatos têm de ser de maior idade, não estarem relacionados com o BPN, SLN, Citygroup e Palácio de Belém.”

E se estiverem relacionados com a REN, Refer e Galp, já podem? O Armando Vara pode concorrer? E os Godinhos? Oh, que maçada, dizem-se socialistas….

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15 Azevedo 4 de Novembro de 2009 às 22:57

Num extraordinário artigo de opinião o jornalista Mário Crespo (JN) explica a vergonha sem nome que se instalou em Portugal para saquear o Estado e os mais pobres cidadãos da República
O mais recente episódio desta verdadeira pouca vergonha mete o inefável Armando Vara e um magnata da sucata…
Sobre o caso o senhor primeiro ministro nem tuge nem muge… sabendo-se que o homem foi um importante elemento do aparelho socialista e companheiro de escola do senhor primeiro ministro numa famosa universidade… Mais palavras para quê? Uma vergonha!!!

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